A Petrobras anunciou, nesta
quarta-feira (17), o início da comercialização de combustíveis na Refinaria
Abreu e Lima, instalada em Pernambuco.
Com a operação da refinaria, a empresa
projeta a redução da importação de derivados de petróleo. Abreu e Lima
produzirá, prioritariamente, óleo diesel, que responde por 70% do rendimento
total da unidade.
A venda será para a BR
Distribuidora, também da Petrobras, de diesel S-500, com menos teor de enxofre.
A refinaria é pivô das
investigações da Polícia Federal de um suposto esquema de corrupção na empresa.
A Operação Lava Jato investiga um possível superfaturamento na construção da
Abreu e Lima, que iniciou orçada em US$ 2,5 bilhões e foi concluída por US$ 18,5
bilhões.
“Cumprimos o orçamento com muita
luta e briga”, disse Graça Foster, presidente da Petrobras, durante encontro de
fim de ano com a imprensa, na sede da empresa, no centro do Rio.
Investimento
A executiva informou também que
no próximo ano deverá ter um investimento “ligeiramente” menor que o executado
em 2014. Graça confirmou que a companhia renegocia dívidas para evitar a
cobrança antecipada dos títulos em função da não divulgação do balanço
financeiro da companhia.
A executiva não quis antecipar
valores ou porcentuais de redução de investimentos, mas avaliou que a
depreciação do câmbio e da cotação internacional do petróleo vai afetar o
planejamento da companhia. Em contrapartida, ela destacou o “aperto” de custos
internos da Petrobras, com corte de gastos que acumulam R$ 7,4 bilhões no
acumulado dos três trimestres deste ano.
A avaliação é de que a redução de
investimentos não deve comprometer a curva de produção. “Os efeitos dessa
diminuição eventual que se faça nos investimentos não tendem a ter impacto
significativo imediato. Estamos verificando isso com bastante cuidado, mas essa
não é a nossa principal preocupação”, afirmou José Formigli, diretor de
Exploração e Produção da companhia.
Já a presidente Graça Foster,
avalia que a companhia não terá “problemas de financiabilidade”. “Nós
acreditamos que vamos atender as expectativas do auditor independente para não
nos dar ressalvas e reconhecer o balanço. Estamos renegociando dividas que
poderiam ser aceleradas”, afirmou a executiva.
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