Os políticos envolvidos no
esquema de corrupção e pagamento de propina na Petrobras, deflagrado na
Operação Lava Jato, só serão investigados a partir de fevereiro do ano que vem.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai esperar a volta do recesso
do Judiciário para encaminhar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os pedidos de
abertura de inquérito contra parlamentares e autoridades citados nas delações
do ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto Costa, e do doleiro Alberto Youssef.
O Poder Judiciário entra em
recesso nessa sexta-feira, 19, e o STF permanecerá em esquema de plantão até o
dia 31 de janeiro. Nesse período, só são tomadas decisões em medidas urgentes
pelo ministro em plantão.
Por isso, Janot vai levar os
inquéritos ou eventuais denúncias – se não for necessária investigação – contra
os políticos apenas em fevereiro.
Ele já havia informado que, com a
análise das delações de Youssef e Paulo Roberto Costa, já tinha elementos
suficientes para pedir ao STF o “desmembramento” dos casos. Permanecerão no
Supremo inquéritos contra parlamentares, autoridades com prerrogativa de foro e
casos em que a atuação no esquema estiver diretamente ligada aos políticos.
A delação de Alberto Youssef já
foi encaminhada pelo PGR ao relator da Lava Jato no STF, ministro Teori
Zavascki. Cabe ao ministro homologar a delação, assim como fez no caso de Paulo
Roberto Costa.
Nas delações feitas em Curitiba
(PR), Costa e Youssef citaram “dezenas” de parlamentares, segundo o próprio
ex-diretor. Eles relataram repasses para políticos como os senadores petistas
Gleisi Hoffmann (PR) e Humberto Costa (PE), além de partidos como PP e PMDB e
do tucano Sérgio Guerra, que morreu em março. A Polícia Federal também
interceptou diálogos entre Youssef e os deputados André Vargas (sem partido-PR)
e Luiz Argôlo (SD-BA).
Fonte: Estadão Conteúdo
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