Foto: Reprodução / TV Globo |
Da Redação do pe360graus.com
O apresentador de TV e radialista Luciano Leitão Pedrosa, assassinado no último final de semana em Vitória de Santo Antão, na Zona da Mata pernambucana, sofria ameaças, mas nunca registrou boletim de ocorrência sobre elas. Esse foi um dos detalhes repassados pela delegada Maria Betânia Tavares, que está investigando o homicídio.
“Sobre ameaças, ele conversava sempre comigo, porque cotidianamente estava na delegacia, para apurar assuntos policiais que apresentava no programa. Mas nunca registrou nenhum boletim de ocorrência porque dizia que não temia ninguém e também porque achava que era tudo brincadeira”, conta a delegada, referindo-se às ameaças que o radialista sofria por causa das denúncias apresentadas em seu programa. A polícia ainda não sabe se essas ameaças têm ligação com o crime.
Milhares de pessoas estiveram no velório do apresentador, na casa dele, desde o último domingo (10). Na manhã desta segunda, um toldo foi colocado no meio da rua para comportar as pessoas, uma vez que não havia espaço suficiente no imóvel para tanta gente. O enterro acconteceu por volta das 10h desta segunda (11), no cemitério São Sebastião, em Vitória. Luciano Pedrosa era casado e deixa uma filha e dois enteados.
Foto: Reprodução / TV Globo |
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O radialista estava num restaurante quando foi morto. De acordo com informações de moradores que preferem não se identificar, dois homens numa moto ficaram parados numa esquina por cerca de dez minutos antes do crime. Um deles teria vindo ao estabelecimento, onde se encontravam apenas o apresentador e alguns funcionários. “Ele deu três disparos, depois a munição falhou e, no outro disparo, conseguiu atingir o rosto de Luciano quando ele se virou”, relembra a delegada. A perícia recolheu digitais que podem ajudar a identificar o autor do disparo.
Foto: Orlando Leite |
Luciano Pedrosa apresentava um programa policial diário em Vitória de Santo Antão, desde 2006. “Era um cara destemido, corajoso, gostava das coisas certas. Vai deixar uma lacuna enorme, porque era aquilo que ele gostava de fazer, sabia fazer e não tinha medo”, diz o repórter Carlos Oliveira.
Morador de uma casa simples no bairro Maués, Pedrosa conquistou a confiança da população, que se sentia representada por ele. “Ele se colocava diante daquilo, por reivindicar a nossa própria vida, a vida dos vitorienses”, acredita o professor Ivânio Alexandro. Em casa, era um homem calmo. “Luciano brincava muito, apesar de ser um cara responsável. Era o que a gente pode dizer um cara bem família”, conta o cunhado Osvaldo Félix.
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