segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Vitória de Santo Antão e Pombos recebem PROJETO CARBONO VIVO


O planeta está esta produzindo mais gás carbônico do que as florestas têm capacidade de absorver.
Esse alerta vem sendo dado há alguns anos e ignorado por parte de autoridades e grandes empresários.
Temperatura média da região ártica subiu 3 graus nos últimos 30 anos devido à poluição gerada por indústrias, frota automotiva queimadas e outros fatores. Três graus em países trópicos não influenciam muito, mas nas regiões árticas é grave.
Com isso foi detectado um aumento de 30 cm no nível do mar ao redor do Alaska, 98% das geleiras e dos icebergs estão derretendo ocasionando mudanças nas águas (água doce misturando com água salgada) e aumento nas correntes marítimas.
No Brasil já se registra fenômenos climáticos como o Furacão Catarina, descontrole nos índices de chuvas, estiagem prolongada e outros eventos. O estado de Pernambuco tem a maior possibilidade de sofrer com o aquecimento global.
Gás carbônico em excesso produzido pelas indústrias e outros agentes estão gerando o efeito estuda ocasionando esses descontroles climáticos.

Os principais agentes causadores são as Indústrias co 19.4% a produção de energia 25.9% e o desmatamento florestal e a agricultura com 13.5% cada,
No Brasil 66% do efeito estufa é proveniente do desmatamento (queimadas), poluindo mais do à frota automotiva.
Esses altos índices resultaram em uma pressão popular e de órgãos de preservação ambiental para reduzir o carbono, muitas tecnologias vêem sendo aplicadas com esse intuito.
As empresas e países têm metas para cumprir e também querem melhorar sua imagem junto aos consumidores (ao contrario não fazem negócios)
Empresas e governos estão comprando credito de carbono. Como isso vai funcionar?
Florestas prestam serviços ambientais, melhora a oferta d’água, torna o clima mais agradável, protegem o solo, retém e retiram da atmosfera o gás carbônico evitando o aquecimento global.
Com isso veio à discussão de como preservar as florestas e fazê-las gerar renda principalmente nos assentamentos agrícolas onde se torna necessário fazer desmatamento para se produzir.
Para isso foi criado o PROJETO CARBONO VIVO visando proteger as reservas florestais existentes e incentivar a recuperação de áreas desmatadas garantindo assim mais qualidade no ar que respiramos.
Para esclarecer a população e os agricultores dos assentamentos agrícolas da região a Sociedade Nordestina de Ecologia através dos técnicos Mateus Dantas e Elen Guimarães realizaram na Câmara de Vereadores do Município de Pombos uma palestra para apresentar e tirar duvida sobre o PROJETO CARBONO VIVO.
O projeto Carbono Vivo tem como objetivo implantar e desenvolver um modelo para Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) por créditos de carbono na região de Natuba, na bacia hidrográfica do rio Tapacurá.
No projeto serão realizadas medições da quantidade de carbono das árvores das matas dos assentamentos Serra Grande (Vitória de Santo Antão) e Ronda (Pombos). A partir dessa informação, será gerado um documento que facilite o pagamento aos agricultores responsáveis por essas florestas, pelo carbono ali gerado. Esse projeto é financiado pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).
Mateus explicou que toda propriedade pode participar do projeto inclusive as que trabalham com turismo ecológico basta apenas ter suas reservas florestais protegidas do desmatamento.
Os créditos de carbono serão gerados a partir de medições que serão feiras nas matas e áreas de reflorestamento, em seguida é calculado o quanto as áreas estão retendo de carbono e em seguida será calculado os valores que serão pagos pelas indústrias que emitem o gás na atmosfera.
Mateus informou que esses contratos são de longa duração e que agregam valores dando, por exemplo, as nascentes d’água serão monitoradas e o proprietário da terra também receberá créditos por sua proteção dependendo da importância das mesmas para o abastecimento dos municípios.
Para certificação das propriedades as arvores serão marcadas e monitoradas por imagens via satélite.
A escolha dos dois assentamentos como piloto foi feita devido a serie de projetos desenvolvidos na área.
REDE DE PROJETOS DO NATUBA
Reflorestagua (Petrobras)
Recuperação e Produção Agro florestal no Assentamento Ronda. (PROMATA)
Casa da Farinha (Promata)
Corredor da Farinha (Petrobras)
Nascente do Natuba (FNMA)
Recuperação e conservação de matas ciliares e de nascentes na bacia do Capibaribe, (FEHIDRO)
Informações: (81) 3212-0590
Por Orlando Leite

Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei de saber deste projeto,
vou fazer meu TCC sobre creditos de carbono.