sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Crianças siamesas são separadas no Imip

ROBSON ANDRÉ
Os gêmeos siameses que estão internados há cinco meses no Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (Imip), no bairro dos Coelhos, Recife, foram submetidos a um procedimento cirúrgico de separação corporal, na última segunda-feira.
A cirurgia durou cerca de sete horas e foi considerada um sucesso pela equipe médica.
De acordo com a assessoria de Imprensa da unidade hospitalar, os gêmeos estão em recuperação pós-cirúrgica com evolução do quadro clínico satisfatória, porém, eles não têm previsão de alta.
Lucas e Mateus encontram-se na U­ni­dade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica do IMIP sendo acompanhados de perto pelos pais, Luciana Sales Silva, de 19 anos, e Joacélio Mariano Ferreira, 25. Os gêmeos Lucas e Mateus completam cinco meses no próximo sábado. Eles nasceram ligados pelo abdômen.
Os bebês deram entrada no IMIP no dia 12 de abril deste ano, vindo do Hospital Regional de Ouricuri, no Sertão do Araripe. Na época, eles eram recém-nascidos e não podiam ser submetidos a um procedimento cirúrgico tão delicado. Foi preciso aguardar o desenvolvimento dos bebês para realizar o procedimento de cirurgia.
Ainda de acordo com a assessoria do IMIP, os pequenos respiram com ajuda de aparelhos. Ontem, os médicos diminuíram a sedação dos siameses, mas continuam no setor da UTI. Hoje, um novo boletim médico será divulgado pela equipe médica que assiste Lucas e Mateus. Os gêmeos submeteram-se a uma cirurgia para separação corporal e foram encaminhados por meio do Hospital Regional de Ouricuri, no Sertão do Araripe, em abril deste ano.
O pai dos bebês, o agricultor Joacélio Mariano Ferreira, natural da cidade de Exu, no Sertão do Estado, disse que a cirurgia correu dentro do esperado e que, agora, aguarda ansioso junto com a esposa, a também agricultora Luciana Sales pela plena recuperação dos dois filhos.
“Graças a Deus deu certo a separação, agora, depende de Deus a recuperação normal deles”, declarou o pai, acrescentando que duas ou três vezes por dia visita o leito de UTI onde estão internados seus filhos. “Prefiro não entrar muito (na UTI) para não correr o risco de transmitir alguma bactéria para eles”, concluiu. Além da equipe médica, apenas os pais tem acesso a sala de cuidados intensivos pediátricos onde encontram-se os gêmeos. O casal tem ainda uma filha de 3 anos de idade.
 

Nenhum comentário: