sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Votos de João Paulo se pulverizam, afirma pesquisa

A possibilidade de o deputado federal João Paulo (PT) deixar o seu partido para, desta forma, pavimentar sua candidatura à Prefeitura do Recife, no próximo pleito, pode não se materializar.

Neste caso, cabe a pergunta: quem herdaria os votos que seriam destinados ao petista?
Ainda mais que o rompimento entre o parlamentar e o seu sucessor, o prefeito João da Costa (PT), poderia influenciar neste quesito.

O instituto Exatta, em parceria com a Folha de Pernambuco, levou essa questão às ruas e aferiu que a herança eleitoral do ex-prefeito seria pulverizada, não tendo, assim, destino majoritário.


Os maiores “herdeiros”, o prefeito João da Costa e o deputado Mendonça Filho (DEM), conquistariam percentuais abaixo da casa dos 20%. O gestor ficaria com 17% e o democrata, 16%.

Na eleição municipal de 2008, João da Costa conquistou o comando da Prefeitura do Recife, no primeiro turno, com 51% dos votos válidos, tendo justamente João Paulo como principal cabo eleitoral.
Na ocasião, o slogan “João é João” embalou toda a campanha do atual prefeito recifense. Hoje, há uma expectativa, entre os membros da gestão, de fortalecer a imagem de não só há uma continuidade, como houve avanço em bandeiras levantadas pelo ex-prefeito.
O detalhamento do provável caminho dos votos de João Paulo ainda mostra o deputado federal Raul Henry (PMDB) na terceira colocação, com 11%.
O peemedebista, conforme a mesma pesquisa da Exatta, figura na segunda colocação, com 27%, em um dos cenários que não contam com a presença do ex-prefeito como postulante à Prefeitura. Neste quadro, o prefeito João da Costa aparece na liderança, com 34%.
Na sequência do provável futuro do eleitorado de João Paulo, ainda aparecem o presidente estadual do PPS, Raul Jungmann, com 6%; o deputado estadual Daniel Coelho (PV), com 5%; o deputado federal Eduardo da Fonte (PP), com 4%; o secretário estadual de Cidades, Danilo Cabral (PSB), com 2%; e a vereadora Aline Mariano (PSDB), com 1%.
Presente na lista da Exatta, Edilson Silva (PSOL) não pontuou como herdeiro. Curiosamente, a soma do percentual de quem não quis mudar o voto (8%) e dos que disseram que não sabe o que faria (17%) ultrapassa a primeira colocação, com 25%.
Metodologia
A pesquisa Exatta foi realizada entre os dias 3 e 4 deste mês, com 500 entrevistas distribuídas aleatoriamente em cotas de sexo, idade, grau de instrução e classe social, além das Regiões Político-Administrativas (RPAs) do município. O levantamento possui caráter estimulado e uma margem máxima de erro de 4,3% para mais ou para menos, com grau de confiança de 95%.
Blog da folha

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