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| Imagem: umamorumveraoeomilagredavida.blogspot.com |
O Centro de Transplantes de Medula Óssea do Hemope terá que reabrir as portas. Foi o que decidiu o juiz federal da 1ª vara de Pernambuco, Roberto Wanderley Nogueira. O juiz deu um prazo de 30 dias, a contar do último dia 25 de janeiro.
A decisão
liminar atendeu ao pedido feito na ação popular impetrada pelo coordenador da
Frente Contra a Privatização da Saúde, Antonio Jordão, e pela representante da
associação Amigos do Transplante de Medula Óssea (ATMO), Liliane Peritore.
O
estado promete recorrer da decisão.
O CTMO foi fechado no dia 1º de dezembro do ano passado. Na época, o governo de Pernambuco, em nota oficial, alegou que o CTMO vinha apresentando baixíssima produtividade nos seus dez anos de funcionamento, quando foram realizados 73 transplantes. A unidade tinha apenas três leitos e uma área de 245 m2. Segundo os dados apresentados pouco antes do fechamento, o custo anual do serviço era de R$ 5 milhões, o que significava R$ 700 mil por transplante.
“Esperamos que o governo do estado dê as condições necessárias para o CTMO funcionar, já que antes da decisão judicial, os transplantes não eram realizados por falta de insumos”, disse Liliane Peritore. Marcelle Moreira Veras de Brito, 22, é uma das pessoas que aguardam por um transplante de medula óssea em Pernambuco.
Em quimioterapia desde setembro, ela tem três desejos:
ficar em condições clínicas de receber a doação, encontrar alguém compatível e
ver o CTMO abrir as portas. Na época em que o centro foi fechado, os
transplantes passaram a ser feitos exclusivamente pelo Real Hospital Português.
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