Do
JC Online
Pernambuco
é o Estado com a maior concentração de evangélicos do Nordeste, tanto em
números absolutos quanto em termos proporcionais. Um em cada cinco
pernambucanos se declara protestante, de acordo com o censo demográfico do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Embora tenha sido
realizado em 2010, o levantamento foi divulgado em detalhes ontem. Atualmente,
são exatos 1.788.973 seguidores de uma igreja de denominação evangélica. O
quantitativo supera em mais de 250 mil pessoas a população de todo o Recife. No
Brasil, são 42,3 milhões de protestantes, o equivalente a 22% da população.
O
censo revela ainda outro fenômeno em Pernambuco e no País. Enquanto os
evangélicos formam uma curva crescente no gráfico, os católicos estão em queda,
apesar de ainda formarem o maior rebanho. O Brasil é considerado o maior país
do mundo em número de católicos nominais. Ao levantamento do IBGE, 5.834.601
pernambucanos afirmaram seguir o catolicismo, o que representa 66% da população
local.
Em
terceiro lugar, os espíritas somam 123.798. Praticantes da umbanda e candomblé
são menos numerosos. Apenas 10.830. Os que disseram ao IBGE que seguiam outra opção
de religião chegam a 146.691.
Num
comparativo com o censo de 2000, o crescimento do número de evangélicos e a
redução do de católicos no Estado ficam mais evidentes. Há 12 anos, os
1.072.503 protestantes formavam 13,5% da população. Hoje, são 20,3%. Três
décadas atrás, este contingente não chegava a 7% de Pernambuco. Já os católicos
eram 74%, mas caíram oito pontos percentuais.
A
força evangélica em Pernambuco ultrapassa a questão numérica e abarca também a
política. Nas eleições proporcionais (Assembleia Legislativa e Câmara dos
Deputados), pastores ou candidatos apoiados abertamente por igrejas sempre
figuram entre os mais votados. Não raro, no primeiro lugar.
No
Nordeste, o Ceará é o segundo Estado com mais evangélicos. São 1.236.435
seguidores, o que representa 14,6% da população local. O Maranhão vem logo
depois, com 1.130.399 protestantes. Mas, proporcionalmente, o quantitativo
representa 17% dos maranhenses, mais do que no Ceará.
REPERCUSSÃO
- Vigário-geral da Arquidiocese de Olinda e Recife, monsenhor Lino Rodrigues
minimizou a redução do número de católicos. "Geralmente, os que se vão não
são os mais comprometidos. Do ponto de vista da fé, nunca foram. Por isso não
deixaram de ser. A igreja prefere trabalhar a qualidade da consciência dos que
a seguem", pontuou.
Para
o religioso, os dados divulgados ontem já eram esperados. Ele ponderou que, por
tradição e cultura no Brasil, muitas crianças são batizadas no catolicismo por
influência dos pais. Depois, pode ocorrer a mudança de religião.
Entre
as denominações evangélicas, a Assembleia de Deus é a maior do Estado. Figura
máxima da igreja em Pernambuco, o pastor Ailton José Alves, em entrevista por
e-mail, creditou o crescimento da quantidade de evangélicos à
""eficácia da própria palavra de Deus, que produz mudança para melhor
na vida das pessoas". "Pregamos uma mensagem centrada na pessoa de
Jesus, na prática diária dos ensinamentos bíblicos, da oração e do amor ao
próximo", disse, sem citar métodos aplicados pelas igrejas evangélicas,
como a forte presença nas emissoras de rádio e televisão.
A
Avenida Cruz Cabugá, na área central do Recife, simboliza a força dos
protestantes. Um trecho da via um pouco menor do que um quilômetro de extensão
abriga oito templos, de tamanhos variados. Nos horários de culto à noite, é
comum congestionamento nas imediações, por causa do fluxo de pessoas.
Um comentário:
isso mais uma prova de que esse modelo de catolicismo (pastoral) é um fracasso totsl.
Enquanto o papa nomear pessoas fracas na fé como um Fernando SAaburido esse quadro de heresias não se reverterá.
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