Do
JC Online
Recife
foi a primeira capital a receber o lançamento regional do TI Maior, plano
estratégico do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) para
estimular o mercado de produção de softwares no Brasil. Apesar de o ministro
Antonio Raupp ter discutido o projeto com o governador Eduardo Campos, não
houve qualquer avanço em relação ao lançamento nacional do programa, realizado
na segunda-feira passada em São Paulo, quando foi anunciado investimentos de R$
500 milhões no setor em todo o Brasil. Os jovens que cursam nível médio, no
entanto, têm uma notícia mais palpável. O ministério lança na segunda-feira o
site do Brasilmaisti, que receberá inscrições de interessados em capacitação
técnica no setor. São 1.200 vagas para Pernambuco, mas a forma de seleção ainda
não foi definida.
O
programa tem por objetivo trabalhar em diversas frentes de forma a transformar
a indústria de softwares no Brasil, hoje mais ligada a serviços que em venda de
produtos. “Não existe inovação sem softwares”, decreta o ministro Marco Antonio
Raupp. O objetivo do governo é trazer o País, até 2020, para o quinto lugar do
ranking mundial de TI – hoje em sétimo
–, promover as exportaões para US$ 20 bilhões (8 vezes mais) e aumentar a
participação do setor no PIB nacional dos atuais 4,4% para 6% neste período.
São
diversas linhas de atuação do TI maior, mas as principais delas focam nas
empresas aceleradoras de Start ups (pequenas empresas inovadoras com potencial
de rápido crescimento). “Vamos selecionar projetos para investir e o governo do
Estado garantiu a sua participação nas contrapartidas”, repassou o secretário
de Política de Informática do MCTI, Vírgilio Almeida, sem arriscar números. “O
Porto Digital poderia se candidatar de forma a receber recursos para estimular
novos empreendimentos”, salientou o secretário. Estímulo à Pesquisa e Desenvolvimento
de novos produtos, bolsas para pesquisaroes, intercâmbios com universidades
estrangeiras e capacitação de corpo técnico são outros pontos previstos no
programa. A certificação de softwres nacionais para concorrência pública é
outra iniciativa. “Empresas com este selo poderão ter preferência em
concorrências públicas com preços até 25% maiores”, informa.
Além
de ter uma expressiva participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro,
ultrapassando uma movimentação de US$ 100 bilhões, o setor de Tecnologia da
Informação é importante porque 94% dos players são de pequenas e microempresas.
São cerca de 8.500 delas em todo o País.
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