Do
JC Online
Os
26 mil alunos da graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) voltam
às aulas hoje, após uma greve que durou 112 dias. Os estudantes das
Universidades Federal Rural (UFRPE) e Federal do Vale do São Francisco
(Univasf) esperam o resultado de assembleias dos professores em greve para
saber quando retomam as atividades. Nessas duas instituições, a paralisação
dura quatro meses. A UFPE encerrou o movimento no dia 5 e o Conselho de Ensino,
Pesquisa e Extensão aprovou um novo calendário.
A
assembleia da Rural será hoje às 9h30, no auditório da Associação dos Docentes
da UFRPE, em Dois Irmãos. Os professores da Univasf se reúnem amanhã.
Na
UFPE, representantes da Associação dos Docentes (Adufepe) ressaltam que as
aulas ministradas antes da paralisação não perderão validade. “Vamos repor de
onde paramos, temos esse compromisso com os alunos. Claro que interromper o
trabalho é ruim para todo mundo, mas é o custo da greve”, contemporiza o
presidente da Adufepe, José Luís Simões.
Universitários
que deveriam se formar em dezembro só concluem o curso após 29 de abril de
2013, data estipulada pela UFPE como o fim do ano letivo de 2012. Alunos como
Renata Araújo, do curso de letras, esperam obter informações mais seguras sobre
a colação de grau e como as mudanças afetarão seu futuro profissional.
“Temos
que adiar nossa formatura, mas isso não é o maior problema. Como seremos
professores, vamos perder o período em que as escolas abrem seleção de novos
profissionais. Além disso, quem quer fazer pós-graduação também vai se
atrasar”, lamenta.
Segundo
a pró-reitora acadêmica da UFPE, Ana Cabral, serão necessários dois anos para
que o calendário seja ajustado. Ela calcula que só em 2015 os semestres letivos
voltarão à normalidade.
 

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