(Foto: reprodução)
Os acionistas da Usina Cruangi
decidiram fechar a unidade industrial mesmo com todo esforço dos fornecedores
de cana e parlamentares no sentido de fazer com que ela quitasse parte do
passivo financeiro para iniciar a moagem. A posição foi tomada na audiência
realizada na última quarta-feira (5), no Ministério Público do Trabalho. A
informação é da Associação dos Fornecedores de Cana de Pernambuco (AFCP). A
entidade revela que mais de 8 mil empregos diretos deixarão de existir na Mata
Norte.
A usina fechará as portas e
venderá a cana para outras unidades para pagar os salários atrasados dos
funcionários. Com a venda da cana, o presidente da AFCP, Alexandre Andrade
Lima, diz que o apurado somente dará para quitar o débito com os trabalhadores,
valor na ordem de R$ 7 milhões. No entanto, a usina continuará em débito com os
fornecedores de cana, em torno de R$ 8,2 milhões, além de R$ 800 mil das entidades
de classe dos produtores.
Mas, o passivo maior será gerado
em função da decisão do fechamento da unidade que ainda encontra-se apta para
moer. “O caos social vai tomar conta dos sete municípios com vocação econômica
focada na moagem da cana da Usina Cruangi, em Timbaúba”, prevê Andrade Lima. O
dirigente revela que toda usina quando para sazonalmente de moer precisa de uma
manutenção para voltar a funcionar. A AFCP conta que o investimento é algo em torno de R$ 4,5 milhões, conforme
informações de técnicos da usina.
“O valor é insignificante para
Cruangi que faturou R$ 165 milhões na safra passada e teve a terceira maior
produção no estado, alcançando a segunda maior produtividade agrícola”, critica
Lima. Assim, ele conclui que a opção dos acionistas da usina em vender a cana
para outras unidades para pagar somente a dívida com trabalhadores e deixar a
usina fechada, prejudicando toda uma cadeia produtiva e econômica canavieira na
região do seu entorno, demonstra que não há nenhuma sensibilidade deles para
com o passivo social que deixarão no estado.
Blog de Jamildo
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