A seleção brasileira de Luiz Felipe Scolari voltou a empatar
na noite desta quarta-feira (25). Jogando no reformado Mineirão, o Brasil saiu
atrás no placar, chegou a obter a virada, mas acabou cedendo a igualdade por 2
a 2 com o Chile, diante da impaciente torcida mineira, que não poupou vaias e
até soltou irônicos gritos de "olé" em favor dos chilenos. Réver e
Neymar marcaram os gols brasileiros.
O amistoso foi o primeiro da seleção em um dos estádios da
Copa das Confederações e do Mundial de 2014. E foi considerado o último teste
antes da convocação, no qual Felipão pretendia tirar dúvidas na defesa e no
ataque. O treinador já revelou que tem três candidatos para duas vagas
restantes na lista para a competição a ser disputada em junho.
Contando somente com jogadores que atuam no Brasil, Felipão
somou seu terceiro empate nesta sua nova passagem no comando da seleção. Ele
ainda tem uma derrota, para a Inglaterra, e uma vitória, sobre a Bolívia.
Após a convocação, prevista para o dia 14 de maio, a seleção
fará mais dois amistosos, em preparação para a Copa das Confederações. No dia 2
de junho, a equipe de Felipão enfrentará a Inglaterra, no reformado Maracanã.
Sete dias depois o adversário será a França, na Arena Grêmio. A estreia nas
Confederações está marcada para o dia 15, contra o Japão.
O JOGO - Fragmentado e sem qualquer entrosamento, a seleção
brasileira sofreu mais do que esperava nos primeiros minutos da partida. Além
de enfrentar as próprias limitações, foi surpreendida pelo bom volume de jogo
dos chilenos. Situação agravada pelo gol de González, do Flamengo, logo aos 7
minutos.
A jogada teve início em cobrança de falta na área,
neutralizada por Diego Cavalieri diante da hesitação dos zagueiros Dedé e
Réver. O chileno, porém, foi rápido no rebote e cabeceou para as redes. O
início de jogo brasileiro só não foi pior porque Mena parou em defesa do
goleiro do Fluminense após escapar em contra-ataque aos 12.
A resposta do Brasil veio aos 15 em chute forte e rasteiro
de Jadson que morreu no pé da trave direita do goleiro Johnny Herrera. O bom
lance acabou sendo ofuscado pela bicicleta de Rubio, rente à trave esquerda de
Cavalieri, aos 22.
Passado o susto inicial, a seleção se equilibrou em campo,
mas não escondia a dificuldade de superar a marcação adiantada do Chile.
"Ele estão marcando muito forte", admitiu Réver, na saída para o
intervalo. "O time deles está apertando muito, temos que nos movimentar
mais para achar os espaços", reforçou Jean.
Sem conseguir penetrar na defesa rival, restou ao Brasil chegar
ao empate em lance de bola parada. Aos 24, Neymar cobrou escanteio na área e
Réver se redimiu da falha da defesa brasileira ao subir alto e cabecear para as
redes. Cinco minutos depois, o mesmo zagueiro derrubou Meneses dentro da área e
esteve perto de virar vilão. O árbitro mandou o lance seguir.
O gol não só animou o público mineiro como também reforçou a
confiança dentro de campo. O time de Felipão reequilibrou o duelo e passou a
trocar passes com maior rapidez no meio-campo. Assim, construiu sua melhor
jogada aos 34. Jean acionou Neymar, livre na esquerda. O atacante encheu o pé e
mandou para fora. A bola chegou a raspar no travessão.
Mais animado, Felipão fez mudanças na defesa e no ataque
para o segundo tempo. Trocou Dedé por Henrique e colocou Pato na vaga de
Leandro Damião. A segunda substituição deu resultado logo aos 9 minutos. Pato
participou de boa trama que culminou em passe açucarado para Neymar só
completar para o gol.
A virada, contudo, durou pouco tempo. Aos 18, Vargas
investiu pelo meio, cortou Jadson e marcou um belo gol ao acertar chute de fora
da área. O duelo voltou a ficar parelho, mas com menor rendimento dos dois
lados quando os treinadores iniciaram os testes com seguidas substituições.
Pelo Brasil, Fernando, Oswaldo e Marcos Rocha ganharam
chance no segundo tempo. E pouco mostraram em campo. O atacante do São Paulo
ainda protagonizou pênalti não marcado por Carlos Amarilla aos 41. E, assim
como os demais jogadores da seleção, sofreu com vaias e até gritos de
"olé" em benefício da seleção chilena nos minutos finais do amistoso.
FICHA TÉCNICA:
BRASIL 2 x 2 CHILE
BRASIL - Diego Cavalieri; Jean (Marcos Rocha), Réver, Dedé
(Henrique), André Santos; Ralf (Fernando), Paulinho, Jadson (Oswaldo),
Ronaldinho; Neymar e Leandro Damião (Alexandre Pato). Técnico: Luiz Felipe
Scolari.
CHILE - Johnny Herrera; Alvarez, Rojas, González, Mena;
Leal, Meneses (Muñoz), Reyes, Cortes (Fuenzalida); Rubio (Figueroa) e Vargas
(Robles). Técnico: Jorge Sampaoli.
GOLS - González, aos 7, e Réver, aos 24 minutos do primeiro
tempo. Neymar, aos 9, e Vargas, aos 18 minutos do segundo tempo.
CARTÕES AMARELOS - Ronaldinho, Alvarez, Muñoz, Fernando.
CARTÃO VERMELHO - Leal.
ÁRBITRO - Carlos Amarilla (PAR).
RENDA - R$ 3.255.205,00.
PÚBLICO - 53.331 pagantes.
LOCAL - Estádio do Mineirão, em Belo Horizonte (MG).
Fonte: Agência Estado
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