Milton Coelho (foto) está a frente do projeto ao lado de
Fred Amâncio
Eduardo prepara o Pernambuco 2035, planejamento de políticas
públicas com o qual espera enfatizar o perfil de gestor moderno
Antes de completar seu último ano de mandato à frente da
máquina estadual, o governador Eduardo Campos (PSB) pretende deixar como legado
para seus sucessores um planejamento de políticas públicas que “eternize” a
marca de “gestor moderno” que tentou imprimir ao longo de oito anos de governo.
O plano, chamado “Pernambuco 2035”, deverá ser elaborado em parceria - ainda em
processo de negociação - com o Movimento Brasil Competitivo (MBC), fundado pelo
empresário Jorge Gerdau. A proposta, segundo a versão oficial, é traçar as
metas e indicadores que o Estado deverá alcançar nos próximos 22 anos.
Do lado do governo, os secretários Milton Coelho (Governo) e
Frederico Amâncio (Planejamento) tomaram a frente do projeto, previsto para ser
anunciado com toda pompa até o final deste mês. Por isso, os detalhes do plano
ainda estão guardados a sete chaves. “Trata-se de um plano de desenvolvimento
estratégico a longo prazo, que ainda é falho dentro do poder público. Será algo
que irá extrapolar as políticas públicas do governo com um olhar para todas as
áreas”, explica Amâncio.
O processo de construção do plano, de acordo com o titular
da pasta de Planejamento, envolverá a sociedade civil e órgãos consultivos do Estado.
O MBC, de Gerdau, coordenará os trabalhos junto com a equipe do governo. Não
será a primeira vez que o empresário prestará consultoria ao Executivo
estadual. Logo que assumiu o primeiro mandato, em 2007, Eduardo Campos convocou
o grupo de Gerdau para reestruturar a máquina pública do Estado e montar o
atual modelo de gestão.
Mais do que uma parceria administrativa, a participação de
Gerdau também aponta para o fortalecimento da relação do governador com o setor
empresarial do País, visando a disputa presidencial de 2014. Em março deste
ano, o empresário, que comanda o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social
da Presidência da República, criticou o excesso de ministérios do governo
federal, hoje são 39. Em entrevista à Folha de S.Paulo, disse que o País
deveria “trabalhar com meia dúzia de ministérios”. Em palestra proferida no ano
passado, no Rio Grande Sul, citou o governo Eduardo como um dos que conseguiram
realizar “mudanças estruturais” na gestão pública.
Seguindo à risca a estratégia de fortalecer os laços com o
empresariado nacional, o governador retomará suas andanças pelo País no dia 14
para participar da quarta edição do seminário “Conexão Empresarial”, em Minas
Gerais, terra natal do senador e presidenciável Aécio Neves (PSDB). Lá, o socialista
irá apresentar o modelo de gestão implantado em Pernambuco.
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