MÉDICOS
ENFRENTAM DILMA - Médicos fazem, hoje, uma grande manifestação em todo o
País contra as duas decisões polêmicas do Governo: a PEC que obriga o estágio
no SUS por dois anos para a diplomação e o veto a alguns itens do projeto do
Ato Médico feito pela presidente Dilma.
Na lei que regulamenta a
profissão da Medicina no País, Dilma não deu bolas aos reclamos da categoria e
vetou, dentre outros pontos, o que reservava ao médico a responsabilidade de
diagnóstico e tratamento de doenças.
Presidente do Conselho Regional
de Medicina de São Paulo, o médico Renato Azevedo lamenta que uma lei que tenha
passado 12 a nos em debate no Congresso sofra profundas mudanças sem diálogo.
“Estamos vivendo em um País
preocupante, autoritário. Ao mesmo tempo, o poder executivo baixa uma lei,
através de Medida Provisória que revoluciona o ensino médico no Brasil sem
conversar com ninguém”, disse Azevedo.
Brigar com uma categoria
formadora de opinião como a classe médica não é nada aconselhável,
principalmente para um Governo que vem enfrentando dificuldades de todas as
naturezas depois que as manifestações implodiram nas ruas. A falta de diálogo
reclamada pelos médicos não é exclusiva da classe.
Dilma não conversa sequer com os
políticos. Tomou a decisão transloucada do plebiscito sobre reforma política
sem ouvir sequer o vice-presidente Michel Temer, principal liderança do PMDB.
Se trata assim aliados,
certamente continuará a ignorar os reclamos dos médicos, como deixou a
entender, ontem, ao radicalizar o confronto com a categoria, negando qualquer
abertura para um acordo. Por isso mesmo, as manifestações de hoje tendem a cair
na graça da população em geral.
BRIGA FEIA – Os médicos brasileiros resolveram comprar a briga com
o Governo, que insiste em viabilizar o projeto de importar profissionais de
Cuba e outros países da Europa. Quem sentiu de perto a disposição da categoria
para o confronto foi o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. O Conselho de
Medicina do Pará abriu procedimento contra o ministro, que tem registro médico
naquele Estado. Padilha espera apenas a notificação da Justiça.
JOGANDO A TOALHA – É a própria base governista que já começa a
jogar a toalha em Brasília. Defensor ferrenho do Governo, o deputado Miro
Teixeira (PDT-RJ) deixou vazar seu sentimento. “O Governo Dilma, com esses
aliados que estão aí, não tem risco de dar certo”.
PROTESTO NA MATA – A população de Vicência, na Zona da Mata Norte,
sai às ruas, hoje, num grande protesto como já ocorreram no Recife e em várias
cidades do Interior. A concentração está marcada para as 15 horas na praça do
hotel, na entrada da cidade. Assim como aconteceu no resto do País, a
mobilização para o ato foi feita pelas redes sociais, sobretudo o Facebook.
DEMAGOGIA BARATA – Para o senador Armando Monteiro Neto (PTB), a
proposta do presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDB-AL), de bancar o
passe livre com recursos dos royalties é demagógica. “Não podemos resvalar para
a demagogia. Afatia dos royalties já tem a sua destinação, que é a educação”,
desabafou, em entrevista ao programa Frente a Frente.
PMDB QUER LÓSSIO
O prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB),
deve assumir uma postura mais agressiva de pré-candidato a governador a partir
de agosto. Da direção nacional do PMDB, Lóssio só tem recebido estimulo e apoio
para que comece a viajar pelo Estado, concentrando sua presença na Região
Metropolitana, região onde ainda é pouquíssimo conhecido.
CURTAS
NA MISSA – O governador Eduardo Campos confirmou, ontem, sua
presença na tradicional Missa do Vaqueiro de Serrita, que acontece entre os 24
e 28 deste mês. Apesar das dificuldades geradas pela seca, o prefeito Carlos
Cecílio (PSD) banca o evento graças ao apoio recebido da Empetur.
CIDADANIA – O escritor Antônio Campos, responsável pela Fliporto e
integrante da Academia Pernambucana de Letras, recebe, no próximo dia 23, o
título de cidadão de Olinda. A proposição, de autoria do vereador Arlindo
Siqueira, foi aprovada por unanimidade.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: O Congresso cede à pressão da sociedade e
trabalha ou entra de recesso?
'O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo
que agrada o seu coração'. (Provérbios 18-2)
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