Rio de Janeiro – Milhares de
pessoas participam na tarde de ontem (13) da 18ª Parada do Orgulho LGBT (sigla
para lésbicas, gays, bissexuais e transexuais) na Praia de Copacabana, na zona
sul do Rio. Uma imensa bandeira arco-íris, símbolo da luta pelos direitos dos
homossexuais, foi estendida na Avenida Atlântica. Trios elétricos animaram a
passeata.
As cantoras irmãs Pepê e Neném,
que participaram de várias passeatas LGBT, ressaltaram que a parada é
importante para que a sociedade respeite os homossexuais. “Somos todos iguais.
[A preferência sexual] não tem importância nenhuma. O que importa é o caráter
da pessoa, é amar, é respeitar o próximo”, disse Pepê.
Famílias com crianças pequenas e
casais heterossexuais também participam da parada. A secretária Adriana Lima
levou o filho de 10 anos para Copacabana. “É importante que ele participe para
que cresça sem preconceito. É a quinta passeata da qual participo”, afirmou.
O coordenador da parada e
presidente da organização não governamental Arco-Íris, Júlio Moreira, disse
que, desde que começaram, em 1995, as paradas tiveram um papel importante na
conquista de direitos, mas ainda há um longo caminho pela frente.
“Nesse tempo, a gente conseguiu
construir políticas públicas, como centros de referência de combate à
homofobia, o Programa Brasil sem Homofobia e os conselhos, que têm o papel de
monitoramento das políticas públicas. O grupo LGBT conseguiu o reconhecimento
do Supremo Tribunal Federal em relação à união estável. Mas ainda há muitas
demandas da comunidade, como a criminalização da discriminação por orientação
sexual, o famoso PLC [Projeto de Lei da Câmara] 122. Também queremos o
reconhecimento do nome social para travestis e transexuais”, disse.
Agência Brasil

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