Da
Agência Estado
A
Comissão de Seguridade Social (CSS) do Senado Federal aprovou ontem quarta-feira
(20) um projeto de lei que limita o peso máximo das mochilas que devem ser
carregadas pelos estudantes de todo o País. A proposta ainda precisa passar
pela Câmara dos Deputados, mas a intenção dos parlamentares é que cada criança
só poderá levar até 15% de seu peso nas bolsas escolares.
A
proposta é terminativa na comissão e não precisará passar pelo plenário do
Senado. No entanto, como houve mudanças na proposta, terá de voltar a ser
analisada pela CSS da Câmara dos Deputados, onde o projeto inicial foi
proposto. O texto determina que o peso do estudante deve ser informado à escola
pelos pais ou responsáveis, por escrito, no caso de alunos da educação infantil
ou ensino fundamental. No caso dos estudantes de ensino médio, eles próprios
terão de levar a informação. Com a medida, uma criança de 25 quilos, por
exemplo, poderia carregar uma mochila de 3,7kg.
Para
a relatora do projeto, senadora Ângela Portela (PT-RR), o objetivo da limitação
do peso é evitar problemas de saúde para estudantes que ainda estão se formando
fisicamente, especialmente crianças e adolescentes com idade entre 10 e 16 anos,
que costumam carregar mais material.
De
acordo com o relatório de Ângela, o projeto de lei foi aperfeiçoado pela
Comissão de Educação do Senado com a inclusão do artigo que obriga a instalação
de armários nas escolas. “Julgamos que esse dilema pode ser solucionado por
meio da disponibilidade de armários nas escolas, onde os estudantes possam
guardar parte dos seus apetrechos escolares”, escreveu a senadora.
Sem sanção
A
proposta, apesar de restringir o peso das mochilas, não prevê nenhum tipo de
fiscalização nem define eventuais responsáveis e punições para quem descumprir
a norma. Em vez de sanções, o projeto prevê uma “ampla campanha educativa”
sobre os riscos à saúde do transporte acima do peso suportado pelas crianças.
Apesar
de críticas de que essa seria uma proposta de difícil fiscalização e de
reclamações de que o País já tem leis demais e de que esse não seria um tema
que precisaria de uma legislação específica, mas de educação e esclarecimento a
pais e professores, a proposta passou sem votos contrários. Agora, no entanto,
o projeto de lei terá de voltar à Câmara dos Deputados, de onde partiu, uma vez
que passou por modificações em comissão do Senado. A expectativa dos
parlamentares, porém, é de que possa estar em vigor já no próximo ano letivo.
Um comentário:
Mais uma projeto importante que na prática todos sabem que não vai funcionar por falta de fiscalização .
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