Imagem: reprodução de TV |
A imagem do ex-governador e
candidato à Presidência da República Eduardo Campos (PSB) é alvo de disputa na
Justiça Eleitoral.
Na manhã desta quarta-feira (20), o desembargador do
Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PE) Alexandre Hermes Renato acatou o pedido da
família do socialista, morto num acidente de avião na última quarta-feira (13),
para que outros candidatos que não são da Frente Popular utilizem a imagem do
político.
Nesta quarta-feira (20), por
exemplo, o guia do candidato e senador licenciado Armando Monteiro Neto (PTB),
adversário da Frente Popular, dedicou boa parte do tempo em homenagem ao
ex-governador. O trabalhista utilizou imagens de Campos com Armando e o
candidato ao Senado e deputado federal João Paulo (PT) na época em que eram
aliados. A proibição, no entanto, não pôde ser decretada a tempo da exibição do
material de hoje.
“Num momento que todos compartilhamos essa
perda, a inspiração para dar continuidade a obra de Eduardo é uma missão que
não estava prevista dessa maneira. Sua ausência representa mais um desafio.
Esta, certamente, será a melhor forma de reverenciar o homem, o líder de um
grande governo”, afirmou Armando nesta quarta-feira (20) em sua propaganda
eleitoral.
A batalha jurídica começou ainda
em vida. Antes de falecer, o próprio Eduardo Campos entrou com uma ação no
TRE-PE pedindo que sua imagem não fosse utilizada em outros palanques. A
estratégia era que apenas o ex-secretário da Fazenda e candidato ao governo de
Pernambuco Paulo Câmara, também do PSB, tivesse a “exclusividade” da associação
ao padrinho político. Na última segunda-feira (18), o desembargador eleitoral
José Ivo de Paula Guimarães, rejeitou o pedido de exclusividade pedido pela
família de Eduardo Campos.
A assessoria jurídica de Armando
Monteiro Neto (PTB), que foi eleito senador com apoio de Eduardo Campos em
2010, declarou que vai entrar com recurso ainda hoje contra a decisão desta
quarta-feira (20). O advogado Walber Agra chegou a nomear a proibição como
“censura prévia” em Pernambuco. “Tudo agora tem censura prévia. Vocês viram
algum acinte à memória do ex-governador? Inclusive, Armando falou de alguns
caminhos divergentes. Espero que a decisão não seja mantida pelo Pleno do
Tribunal”, disse, ao Diario, por telefone.
Diario de Pernambuco
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