QUEBRADEIRA NOS ESTADOS - Boa
parte dos governadores eleitos deve herdar Estados endividados. Segundo
levantamento do portal G-1, que o governador João Lyra Neto (PSB) nega,
Pernambuco tem uma dívida da ordem de R$ 8 bilhões. No Distrito Federal, a equipe de transição do
socialista Rodrigo Rollemberg diz que a dívida é de R$ 2 bilhões. O governo
atual nega esse número.
O fato é, em muitos Estados já
falta dinheiro até para pagar funcionários públicos e fornecedores. Isso sem
contar com dívidas milionárias, a longo prazo, com o Tesouro Nacional e com
bancos. Em Sergipe, o carro que transporta presos parou por falta de gasolina.
O Estado não tem dinheiro para o abastecimento. Para o carro andar, segundo o
G-1, servidores pagaram do próprio bolso.
No Piauí, empresários que prestam
serviço para o Estado foram pessoalmente pedir o acerto de contas. É isso que
acontece com quem gasta mais do que podia. O que é comum principalmente em fim
de governo, segundo economistas. E a situação é pior porque os Estados ainda
têm outras dívidas, milionárias, de longo prazo, como as feitas com bancos e
com o Governo Federal.
Dos 18 Estados que já
apresentaram os dados ao Tesouro Nacional até agosto, seis estão, no momento,
com uma dívida com o Governo Federal maior do que quando os governadores
assumiram, segundo estudo do economista do IPEA, Alexandre Manoel. São eles:
Amazonas, Ceará, Espírito Santo, Pernambuco, Piauí e Tocantins.
O Governo do Piauí diz que grande
parte de sua dívida foi provocada pela queda no fundo de participação do Estado
e reconhece que alguns débitos vão ficar para a próxima gestão. Já o Estado do
Rio de Janeiro está quebrado. Mesmo ainda recebendo muito dinheiro em royalties
do petróleo por ano, fora os repasses federais e dos impostos, as finanças
estaduais vão de mal a pior.
A dívida pública, que era de R$
48 bilhões em 2006, quando a governadora Rosinha Garotinho deixou o governo,
passou para R$ 81 bilhões em fevereiro deste ano, um mês antes do governador
Sérgio Cabral deixar o cargo para o vice, Luiz Fernando Pezão.
No Mato Grosso, o governador
eleito de MT, Pedro Taques (PDT), vai encontrar um Estado quebrado, como
afirmou o prefeito de Rondonópolis, Percival Muniz (PPS), um de seus maiores
aliados na campanha vitoriosa. Além de faltar dinheiro em caixa, Taques vai ver
que as dívidas passam de R$ 9 bilhões. As obras da Copa (quase todas
inacabadas) com problemas técnicos de execução, além de suspeitas de
superfaturamento serão outra dor de cabeça.
ESQUEMÃO – O que todo mundo sabe em Brasília é que os servidores do
Senado são detentores dos maiores salários da corte, mas os da Câmara também
não ficam atrás: funcionários de 135 deputados federais doaram para seus chefes
R$ 1,38 milhão nas eleições. Políticos de PT, PSDB, PSD, PCdoB, PR, PDT e PSOL
receberam dinheiro de 360 assessores, segundo o site Congresso em Foco”. Rubens
Otoni (PT-GO), Mário Couto (PSDB-PA) e Chico Alencar (PSOL-RJ) foram os
campeões de doações.
NORDESTE DESPREZADO – As lideranças do PT no Nordeste, com exceção
do governador da Bahia, Jacques Vagner, com assento garantido na Esplanada,
desconfiam que a presidente Dilma tende a fazer um paulistério, ou seja,
aproveitar mais petista de São Paulo, onde perdeu a eleição, do que mesmo do
Norte e Nordeste, onde venceu.
RESISTÊNCIA PETISTA – A bancada do PT no Congresso se opõe à ideia
do ex-presidente Lula de bancar a indicação de Henrique Meirelles para o
Ministério da Fazenda. 'Não há motivo para escolher um ministro com ficha de
outro partido,' diz um deputado petista, referindo-se a filiação de Meirelles
ao PSDB e mais tarde ao PSD.
CRISE BRABA – Há uma crise latente na mídia impressa no País.
Reflexo disso está nas demissões ocorridas na Folha de São Paulo, um dos
maiores jornais do País. Depois de um anunciar a degola de 15 profissionais, a
FSP demitiu, ontem, dois ícones da área política: Eliane Cantanhede e Fernando
Rodrigues, ambos colunistas dos mais lidos.
OSSO DURO DE ROER – O deputado federal eleito Zeca Cavalcanti (PTB)
terá dificuldades para impor uma derrota à prefeita Madalena Brito, eleita
dentro da composição do seu grupo, tendo rompido após a eleição presidencial de
segundo turno. É voz corrente na cidade que a popularidade da prefeita é muito
alta e deve ser reeleita facilmente.
CURTAS
CASSAÇÃO – Os deputados eleitos pelo PR ligados a Inocêncio
Oliveira temem deixar o partido se Anderson Ferreira, o interventor no
diretório estadual, ganhar a batalha final, marcada para a próxima semana,
porque podem ser objetos de processos de cassação de mandato impetrados por
suplentes.
FILHO – Em entrevista, ontem, à Rádio Cultura do Nordeste, de
Caruaru, o senador eleito Fernando Bezerra Coelho (PSB) negou que o filho
Fernando Filho, reeleito deputado federal, tenha interesse em ocupa uma
secretaria no Governo Paulo Câmara. “Fernando está entusiasmado com o
Congresso”, garante.
PERGUNTAR NÃO OFENDE: Lula vai conseguir dobrar a bancada do PT no
Congresso e bancar Meirelles para a pasta da Fazenda?
'Em vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a
sabedoria'. (Provérbios 11-2)
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