sábado, 16 de abril de 2011

HÁ 219 ANOS NASCIA O SOLDADO(A) MEDEIROS



PARTE 1
MARIA QUITÉRIA
Heroína das guerras pela independência do Brasil: 1792(?) - 1853(?)


QUANDO TUDO ACONTECEU...
1792: Ano provável do nascimento de Maria Quitéria de Jesus Medeiros na Comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira (Feira de Santana), Bahia, Brasil. – 

1807: Primeira invasão francesa em Portugal, comandada por Junot; em fuga, a família real e a corte portuguesa embarcam para o Brasil. –

 1808: O príncipe-regente (futuro D. João VI) decreta a abertura dos portos brasileiros a todas as nações amigas. – 

1816: D. João VI eleva o Brasil à condição de Reino Unido ao de Portugal; o Brasil deixa, portanto, de ser uma colônia. – 

1820: Revolução liberal no Porto e levantamento em Lisboa. Estes acontecimentos refletem-se no Brasil, cindindo a sociedade em dois blocos inconciliáveis: um é integrado por portugueses e brasileiros constitucionalistas, também por brasileiros independentistas; outro é integrado por militares e dignitários portugueses, conservadores que ambicionam ver o Brasil regredir à condição de colônia. – 

1821: Em 26 de Abril D. João VI regressa a Portugal, onde os revolucionários liberais exigem a sua presença; no Rio de Janeiro, como príncipe-regente, fica o seu filho D. Pedro. - 

1822: Disfarçada de homem, Maria Quitéria alista-se como soldado voluntário. Em Julho, uma canhoneira portuguesa, fundeada na barra do Paraguaçu, alveja a cidade de Cachoeira, reduto dos independentistas baianos. D. João VI exige que o filho regresse imediatamente a Portugal; contrariando as ordens do pai, D. Pedro fica e a 7 de Setembro dá o chamado grito do Ipiranga,Independência ou Morte! A 12 de Outubro é aclamado Imperador do Brasil, com o título de D. Pedro I. – 

1823: A 2 de Julho, na Bahia, as forças independentistas batem definitivamente as tropas portuguesas comandadas pelo general Madeira de Melo. Maria Quitéria é a mais louvada heroína destas guerras pela independência do Brasil. – 

1825: Por mediação da Inglaterra, a 29 de Agosto Portugal reconhece oficialmente a independência do Brasil. – 

1853 (?): Maria Quitéria morre nas imediações de Salvador.



EU GOSTARIA DE ENTRAR NUA NO RIO...


Eu gostaria de entrar nua no rio, caso estivesse no sítio do meu pai. Mas estou aqui  entre homens, somos todos soldados, e o banho no Paraguaçu é forçado. Os portugueses de uma canhoneira bombardearam Cachoeira, então um bando de Periquitos, e entre eles eu e mais cinco ou seis mulheres, entramos no rio, de culote, bota e perneira, dólmen abotoado e baioneta calada.

Queríamos que os agressores desembarcassem para o combate em água rasa da margem. E eles vieram, aos brados. Traziam armas brancas. Alguns as mordiam com os dentes. O encontro deu-se num banco de areia, com água pela cintura. Senti quando a água fria subiu pelas pernas, abraçou as coxas e espalhou-se pelas virilhas.

Um toque frio, desagradável. Com o calor da luta, tornou-se morno. E houve um instante em que eu tinha água pelos seios. Senti que os mamilos se enrijeciam sob a túnica. Pensei outra vez no sítio, na rede em que costumava embalar-me. Ali tudo era cálido, os panos convidavam ao sono. Aqui, luta-se pela vida, pela nossa Cachoeira, pela Pátria.

Mas uma voz secreta me sopra que também luto por mim. Estou guerreando, sim, para libertar Maria Quitéria de Jesus Medeiros da tirania paterna, dos sofridos afazeres domésticos, da vida insossa. Ah, eu combato, com água no nível dos peitos, pela libertação da Mulher, pela nova Mulher que haverá de surgir.


Minha baioneta rasga o ventre de um português que não quer reconhecer a Independência do Brasil gritada, lá no Sul, pelo Imperador D. Pedro.


MENINA LEVADA




As Meras ou Parcas, entidades da mitologia greco-romana responsáveis pelo Destino, foram caprichosas com Maria Quitéria: teceram-lhe a vida em duas metades bem distintas. A primeira, clara e solar, cobre o período da infância e adolescência; a outra, obscura e trágica, começa no seu retorno da Corte, após a condecoração que lhe concede o Imperador Pedro I, por sua participação e bravura nas lutas da Independência da Bahia, que consolidaram a Independência do Brasil.

Infância mais ou menos feliz, marcada pelas correrias, caçadas de bodoque aos pássaros, cavalgadas em animais em pelo, no Sítio do Licorizeiro, perto de São José das Itapororocas, então pertencente à Comarca de Nossa Senhora do Rosário do Porto de Cachoeira, e em 1832 desmembrada para Feira de Santana.

Maria Quitéria nasce, provavelmente, em 1792. A casa era pequena, mas a planície larga convidava ao movimento do corpo instigado pelas maquinações do imaginário. Uma das três Parcas decidiu enredar-lhe logo os fios da vida. A morte da mãe, que se chamava Quitéria Maria, em 1803, vem tolher a vida despreocupada e folgazã da menina, forçando-a a cuidar dos dois irmãos menores.

O pai, Gonçalo Alves de Almeida, leva apenas cinco meses antes de convolar núpcias com Eugênia Maria dos Santos, que não lhe dá filhos e falece pouco depois. Com esta primeira madrasta Maria Quitéria não teve tempo de gerar atritos. Mas o terceiro casamento de Gonçalo, com Maria Rosa de Brito, cria tensões e hostilidades, porque a nova madrasta pretende opor um freio à vida independente da menina endiabrada e, ao mesmo tempo, acentuar-lhe a noção dos deveres domésticos. O pai forma segunda prole, mais numerosa, e a uma de suas meio-irmãs, Teresa Maria, a futura heroína do 2 de Julho baiano haverá de afeiçoar-se.


O lavrador Gonçalo prospera; não é de todo rude e destrambelhado. Muda-se para uma fazenda a Serra da Agulha, mais ampla, com uma casa-grande e terras mais produtivas.
Cultiva algodão, cria gado. Mas a vida continua isolada, sua rotina só vem a ser quebradapela passagem de viajantes ocasionais e  conversas de tropeiros, a feira semanal, os passeios pelos campos, as missas. 


Admiradores masculinos, Maria tem muitos, porém não vê futuro nos compromissos insinuados.

CONTINUA...







POR JOHNNY RETAMERO


6 comentários:

Anônimo disse...

mariakiteria foi guerreira guando teve a coragem de entra para as forças armadas disfarçada de homem se tornando importante para a independencia do brasil. gilmara sadra 1ano d escola weigelia galvão.

Anônimo disse...

Estes acontecimentos refletem-se no Brasil, cindindo a sociedade em dois blocos inconciliáveis: um é integrado por portugueses e brasileiros constitucionalistas, também por brasileiros independentistas; outro é integrado por militares e dignitários portugueses, conservadores que ambicionam ver o Brasil regredir à condição de colônia. –
e tambem eu nao sabia que maria quitéria era uma mulher desfarçada de homem! ela foi guerreira
escola:weigelia galvão
aluno:edlla hanna alves de lira
serie:8° turma:"a" turno: manhã

Anônimo disse...

maria quitéria foi uma grande guerreira que era uma mulher desfarçada de homem para conseguir seus objetivos de ser conheçida na história!
escola:weigélia galvão
aluna:tamire maria do nascimento silva
serie:8° turma:"a" turno:manhã

Anônimo disse...

maria quitéria desfarçada de um homem ela foi uma grande guerreira que lutou e conseguiu seus objetivos!
escola:weigélia galvão
aluna:paloma micaely
serie:8° turma:"a" turno:manhã

Anônimo disse...

Disfarçada de homem Maria Quitéria alista-se como soldado voluntário, Maria Quitéria é a mais louvada heroína destas guerras pela independência do Brasil,ela lutava pela vida,pela Pátria, pela libertação da Mulher, pela nova Mulher que haverá de surgir.sua participação ea sua bravura nas lutas da Independência da Bahia, que consolidaram a Independência do Brasil.essa sim podemos dizer que foi uma das grandes mulheres querreira que lutava para conseguir os seus objetivos.

Escola:Municipal Weigélia Galvão
Aluna:Steffany Mayara Do Nascimento
Série:8ª Turma:"B" Turno:Manhã

Anônimo disse...

como sempre o professor da um verdadeiro show parabéns ao blog.