Mais de 400 famílias de Pernambuco perdem o Bolsa Família

Do Pe360graus.com

Mais de 400 famílias pernambucanas perderam o benefício do Bolsa Família no mês passado porque os filhos deixaram de freqüentar a escola. Mas quem teve a bolsa cancelada ainda pode recorrer para ter direito ao dinheiro do programa.

A dona de casa Manoela Francisca da Silva tentou voltar a receber o Bolsa Família. O benefício dela foi bloqueado no mês passado. "Foi por conta de falta na escola. Ele teve duas faltas em abril e sete em maio, aí bloquearam no mês de junho e eu não recebi."

Uma sala, no prédio da URB, no bairro da Boa Vista, no Recife, recebe todas as mulheres que estejam com alguma pendência no programa. A maioria vem aqui para fazer o recadastramento, que deve ser feito a cada dois anos.

Grande parte dos cancelamentos do Bolsa Família aconteceu porque os filhos deixaram de freqüentar a escola. Mas é importante que as mães saibam que quem teve o benefício cancelado ainda pode recorrer e voltar a receber o dinheiro.

O critério para uma família receber o benefício é ter uma renda mensal por pessoa de até R$ 140. Pernambuco tem 1,099 milhão famílias cadastradas no programa. No Recife, 137 mil famílias recebem o dinheiro.

Em julho, 422 famílias perderam o benefício no Estado. E a cidade com maior número de cancelamentos foi o Recife, com 121.

No prédio da Prefeitura do Recife existe uma central telefônica só para atender as famílias cadastradas no programa. O número é o 0800-281-0313.

A Secretária de Assistência Social do Recife, Niedja Queiroz, ressalta que a intenção não é excluir ninguém e que o cancelamento só acontece em último caso. "A gente não corta o benefício logo na primeira vez. As famílias recebem em torno de cinco advertências. Recebe a advertência, o bloqueio por 30 dias e por fim a gente cancela depois da quinta advertência"

No Governo do Estado, a responsável pela gestão do Bolsa Família, Rizete Costa, avaliou o fato de 422 famílias terem tido o benefício cancelado em julho. "Você pode dizer que é um número pequeno, mas é um número que o Estado trabalha para que isso não aconteça. Então, estamos chamando esses municípios para conversar, Chamando as secretarias municipais para tentar mudar essa realidade e que essas famílias não sejam prejudicadas. lógico que elas têm uma responsabilidade. Elas são co-responsáveis no processo e descumpriram não mandando sua criança e seu adolescente para a escola.”