terça-feira, 16 de agosto de 2011

PF foi avisada pela Polícia Civil do plano de assassinato de juíza 2 dias antes do crime


A Polícia Civil do Rio informou à Polícia Federal que, dois dias antes da juíza Patrícia Acioli ser morta, na noite da última quinta-feira (11), em Niterói, já havia um plano de assassinato contra ela.
Quem deu o recado foi um policial da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod). A informação é do jornal "O Globo" e foi publicada nesta terça-feira (16) no veículo.
Segundo o jornal, uma semana antes do crime, Patrícia esteve na Corregedoria da Polícia Militar para relatar ameaças feitas por policiais do 7º BPM, em São Gonçalo, e do 12º BPM, em Niterói.
Patrícia Acioli foi morta com 21 tiros, a maioria na parte da cabeça, por balas de pistola calibre 40, usada pelas polícias civil e militar, e pistola calibre 45, de uso exclusivo das Forças Armadas quando voltava para casa, em Piratininga, em Niterói.

A magistrada era conhecida pela rigidez nas sentenças referentes a policiais envolvidos com milícias e grupos de extermínio. No início do ano, o nome dela foi encontrado em uma lista de marcados para morrer achada com um traficante de Minas Gerais.
De acordo com  o jornal "O Globo", na segunda (15) o Disque-Denúncia (2253-1177) recebeu a informação de que quatro detentos do presídio Ary Franco, em Água Santa, seriam os mandantes do assassinato de Patrícia. Eles são ligados à máfia dos caça-níqueis em Niterói, São Gonçalo e Maricá e teriam como novos alvos um juiz federal de Niterói e o deputado estadual Marcelo Freixo (PSOL), que foi presidente da CPI das Milícias. Conforme a denúncia apurada pelo jornal, o homicídio teria sido executado por dois bombeiros e por PMs do 7º BPM e do 12º BPM.
O conteúdo da denúncia teria sido encaminhado aos setores de inteligência da Secretaria de Segurança, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal Regional Federal, da PM e da Polícia Civil.

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