sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Saúde: ANVISA proíbe venda de mamadeiras de plástico feitas com bisfenol A


Do G1

Mamadeiras de todos os modelos, tamanhos e materiais. Algumas possuem um selo: zero por cento de BPA ou livre de BPA. Essa é a sigla de bisfenol A, uma substância que faz parte do policarbonato, um plástico transparente, bem durinho. É o material mais comum nas mamadeiras baratas.

O uso de policarbonato em mamadeiras já foi proibido no Canadá, na Austrália e na União Européia. Agora o Brasil tomou a mesma decisão. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou que, a partir janeiro do ano que vem, esses produtos não podem mais estar nas prateleiras.

O BPA também é usado para fazer tigelas e copos plásticos, mas esses produtos continuam liberados. A proibição das mamadeiras é para proteger as crianças pequenas. Segundo a ANVISA, quando se ferve a mamadeira com leite dentro, aumenta o risco de contaminação. “O aquecimento favorece a migração do bisfenol para o alimento. Então é bom evitar aquecer a mamadeira no micro-ondas para evitar o limite da migração", explica Denise Resende, gerente de alimentos da ANVISA.


A ANVISA não tem estudos conclusivos, mas suspeita que o BPA pode causar problemas neurológicos em crianças com menos de um ano. Ingrid Costa, que mora no Varjão, perto de Brasília, diz que sempre deu para o filho dela madeiras feitas de BPA. Ela nunca soube que esse tipo de plástico pode prejudicar a saúde.

A ANVISA explica que não há nenhuma proibição para a venda de bicos de mamadeiras e chupetas. É porque esses produtos são feitos com outros materiais - como látex, silicone - e não com BPA.

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