Do Blog do Jamildo
A Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia (Hemobrás), estatal do Ministério da Saúde, pretende, até 2014, dobrar a oferta de plasma humano de uso industrial nos 110 hemocentros em todo o País. Isso é uma boa notícia para quem sofre de doenças cujo tratamento é feito à base de medicamentos derivados do sangue.
Atualmente, a coleta total no Brasil, por ano, é de 150 mil litros de plasma. O plano de cooperação entre a Hemobrás e os hemocentros prevê que, em três anos, estejam garantidos os 300 mil litros anuais dessa matéria-prima necessária à fábrica de medicamentos que está sendo construída em Pernambuco (a unidade terá capacidade de processar até 500 mil litros por ano).
A estatal irá repassar, a esses centros especializados, de R$ 20 a R$ 38 para cada litro recolhido em condições industriais. Como - por força da Constituição brasileira (parágrafo 4° do artigo 199) - a comercialização do plasma é proibida, os recursos repassados pela Hemobrás poderão ser investidos na compra de maquinário, manutenção de equipamentos e contratação de profissionais, além da melhoria do controle da qualidade do plasma.
Os medicamentos derivados do sangue são distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de doenças como hemofilia, imunodeficiência primária, câncer, AIDS e cirrose, entre outras. O SUS consome US$ 800 milhões anuais em derivados de sangue importados, que passarão a ser fornecidos pela Hemobrás quando a fábrica de Pernambuco entrar em operação. Além de garantir o fornecimento, isso vai permitir que o Brasil passe a dominar a tecnologia dessa linha de medicação.
Parcerias – Até agora, já foram firmadas parcerias com os serviços de hemoterapia de Ribeirão Preto (Hemocentro RP), de Brasília, Minas Gerais (Hemominas), Pernambuco (Hemope), Bahia (Hemoba), Rio de Janeiro (Hemorio), São Paulo (Pró-Sangue e Colsan) e Santa Catarina (Hemosc).
Por meio delas, a Hemobrás distribuiu 38 blast freezers e 15 freezers verticais a - 30º C (para congelamento rápido e armazenamento do plasma) e 25 sistemas de monitoramento da cadeia do frio. Tudo para garantir a qualidade do plasma produzido.
A expectativa é que todos os 110 hemocentros espalhados pelo País sejam atendidos pela parceria com o Governo Federal até o fim deste ano.
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