Do Blog de Magno Martins
O Centro de Transplante de Medula Óssea (CTMO) de Pernambuco tem prazo para encerrar suas atividades. A partir do dia 30 deste mês, conforme determinação da Secretaria de Saúde do Estado, suas portas estarão fechadas. A denúncia partiu da servidora pública Cristina Botelho, que trabalha na unidade há 5 anos.
O centro é o único serviço público da alta complexidade e competência técnica na área. De acordo com Cristina, ao longo dos seus 10 anos de existência, a unidade vem sendo sucateada e esquecida pelas autoridades do Estado. Atualmente, o centro dispõe de nove leitos apenas, sendo três nas instalações e seis credenciados ao SUS, através do Hospital Português, quando necessitaria de pelo menos 31.
Em 2006, quando a estrutura era dotada de melhores condições, foram realizados em Pernambuco 17 transplantes de medula óssea. À época, o centro mantinha a assistência ambulatorial e fazia atendimento diário dos já transplantados e dos que aguardavam na lista de espera. Hoje, estima-se que 70 pacientes estão deixando de receber o tratamento por falta de leitos.
Um ano depois, apenas um procedimento fora realizado. “Desde 2008 vínhamos sofrendo perdas de profissionais, tanto pelo término dos contratos temporários, quanto por falta de concurso público. Chegamos a um déficit significativo que inviabilizou a realização de transplante de células tronco-hematopoética (TCTH). Nesse ano, apenas um transplante foi realizado”, informou.
O Centro de Transplante conta, atualmente, com 43 profissionais especializados e uma unidade equipada. “O que será dos nossos pacientes?”, questiona a servidora Cristina, que vem usando as redes sociais para propagar a notícia.
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