LÍVIA MOTA, da editoria Regional
Nessa sexta-feira (20), completará 49 anos da morte de Vitalino Pereira dos Santos, o Mestre Vitalino. O artesão responsável por tornar Caruaru mundialmente conhecida por causa dos bonecos de barro criados por ele faleceu em 20 de janeiro de 1963, aos 54 anos, em sua casa no Alto do Moura, vítima de varíola. Contudo, deixou um legado que até hoje mantém viva a sua arte no barro. Como já é tradição, haverá visita ao túmulo no cemitério Dom Bosco, com acompanhamento de familiares e parentes do artista.
A solenidade alusiva à morte de Vitalino será realizada no dia 22, na igreja de São Sebastião, na praça do Artesão, no Alto do Moura, a partir das 17h, com a benção do Padre Everaldo e apresentação de banda de pífanos, uma das paixões do Mestre Vitalino. "Mestre Vitalino sempre será o grande ícone de Caruaru. Sempre procuramos lembrá-lo durante todo o ano com oficinas nas escolas, mas em datas específicas procuramos reverenciá-lo. Ele é motivo de honra e orgulho para os caruaruenses", enfatizou o presidente da Fundação de Cultura e Turismo de Caruaru, José Pereira.
A missa celebrada anualmente não acontecerá na data do aniversário de morte de Vitalino devido ao evento da igreja católica, Bote Fé, quando a Cruz Peregrina e o ícone de Nossa Senhora, símbolos da Jornada Mundial da Juventude, chegarão a Caruaru. O artesão retratou em seus bonecos de barro a cultura e o folclore do povo nordestino, especialmente do interior de Pernambuco e da tradução do modo de vida dos sertanejos. Em 1971, foi inaugurada no Alto do Moura, no local onde o artista residiu, a Casa Museu Mestre Vitalino. No espaço, administrado pela família, estão expostas suas principais obras, além de objetos de uso pessoal, ferramentas de trabalho e o rústico forno a lenha em que fazia suas queimas. O entorno do museu é ocupado por oficinas de artesãos.
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