sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

WALKÍRIA ARAÚJO POR ELA MESMA - PARTE 1



Nossa entrevistada da semana é WALKÍRIA ARAÚJO nossa colunista, residente em JABOATÃO DOS GUARARAPES e que me concedeu esta entrevista no dia 26 Dezembro de 2011. Na ocasião a entrevista foi feita através do E-MAIL. 

Walkíria foi uma grande aquisição para o blog que ganhou com ela mais discussão sobre temas os mais variados. Por isso a homenageamos com essa entrevista.



1. QUAL O SEU NOME COMPLETO?
Walkíria Araújo.

2. DATA DE NASCIMENTO E LOCAL?
Nasci no dia 03 de abril na cidade de Chã de Alegria – PE. Sou uma ariana romântica, espontânea, impulsiva, consumista, carinhosa, protetora e amiga. 

Detesto rotina, por vezes sou teimosa, gosto das coisas do meu jeito (mas não sou inflexível), não costumo guardar rancor nem carregar mágoas; porque a própria vida com a ‘Lei do Retorno’, se encarregará de ajustar as contas com todos nós.

3. NOME DO PAI E DA MÃE? Daniel e Maria Inêz.

4. SUA MÃE COMO ELA É?
Minha mãe morava em sítio e era bem arteira. Gostava de andar a cavalo, tomar banho de rio, subir em árvores e todas as brincadeiras de ‘moleque macho’, como ela fala. Quando foi ficando mocinha, meu avô não a permitiu estudar para não escrever cartas a namorados. Trabalhou na roça, aos 10 anos foi babá, trabalhou em casa de família e em feira livre. 

Casou aos 19 anos para ter liberdade, pensando que casamento era um bilhete premiado de loteria (coitada!).
Sempre priorizou nossos estudos e só concluiu a 8ª série em 1995. É uma mulher de muita determinação, muita fé em Deus e que nos comandava com mão de ferro. Todos os dias olhava nossa bolsa antes de irmos a escola. 

Uma semana antes das provas a gente não podia brincar e não admitia que tirássemos menos de 7 nas provas. Controlava o que podíamos assistir ou não na tv e não podíamos comer na sala. Antes de dormir tínhamos que tomar um copo de leite e rezar para ela ouvir.

Minha mãe parece uma ditadora? Não, muito pelo contrário! Talvez se ela tivesse deixado as coisas correrem soltas, nós teríamos nos desviados. Tudo o que fez pra gente foi porque dizia que fazia pelos filhos, o que os seus pais não puderam fazer por ela.

5. SEU PAI FALE DELE.
Depois dos meus 7 anos, meu pai foi a representação do cheque no final do mês. Como ele passou a trabalhar em outros estados, compensava sua ausência satisfazendo às nossas vontades, o que deixava minha mãe louca. 

Perdeu sua mãe aos 10 anos, estudou num internato, morou na casa de uma irmã. Casou cedo e não tem muito ‘trato’ com as pessoas, é avesso à festas e comemorações (mesmo em casa, não participa de nada). Sempre foi muito correto e coerente em suas opiniões. Não gosta de muitas amizades e sempre que pode ajuda alguém.

Fumou por mais de 40 anos e em 2006 ‘hospedou-se’ no Hospital da Restauração por 62 dias por causa de um aneurisma cerebral causado pelo fumo. Passou por três cirurgias muito delicadas e esta foi a minha primeira sensação real de morte.

6. E SEUS IRMÃOS?
Tenho dois irmãos e uma irmã. Minha afinidade maior é com Welligton, o mais velho. Estudamos juntos do pré ao 2º grau, fato que nos tornou muito próximos e protetores um do outro. Sempre fomos muito parceiros, ele me ajudava em matemática, química e física e eu nas demais matérias. 

Sempre tive uma identificação maior com a figura masculina, acho que  são mais sinceros, leais e protetores, ‘quando amigos’.
Com minha irmã Vandelma o relacionamento é mais delicado, divergimos em 60, 70% das vezes.

O mais novo se chama Wylliams e eu o chamo de ‘Bebê’ (ele vai me matar! risos). Minha relação com ele é meio que de mãe devido à nossa diferença de idade. Ele não é de muitas palavras, mas quando fala é certeiro. Quando me pede alguma coisa com àquele sorriso só dele, fica difícil eu dizer não, mais as vezes se faz necessário.

7. QUANDO ERA PEQUENA QUE BRINCADEIRAS VOCÊ BRINCAVA?
Qualquer brincadeira desde que eu não precisasse correr. Duas que eu amava eram jogar pião e empinar pipa, mas nunca aprendi fazer direito. Gostava muito de jogar handebol e futebol com os meninos da minha rua, mas ficava sempre na defesa. 

Como não corria, aprendi a gostar de brinquedos lúdicos como quebra-cabeça, pega varetas, resta um, dama e de professora (eu me achava a própria, risos) e de boneca é claro. Como minha infância foi muito pobre (mas muito feliz), meu sonho desde os 4 anos era ganhar uma boneca que chorasse, tivesse cabelo e olhinhos que abrissem e fechassem. 

Aos 6 anos meu pai me deu ‘minerva’, mais ninguém pegava nela. Com o tempo suas perninhas ficaram ressecadas e quebradiças, colei-as com fita lacre e a tenho até hoje (e ninguém pega nela, risos). Acho que foi o meu primeiro sonho de consumo na infância.

8. NOME DO FILHO?
Como não casei, ainda não fui abençoada com esta dádiva. Caso seja um dia, gosto dos nomes Vinícius, Otávio, Monalisa e Vívien. Mas isso não significa que estou imune a algum deslize ou dizer que filhos de pais separados não possam ter um convívio amigável e sadio; apenas acho um pouco mais delicado certos assuntos serem tratados sem uma presença masculina dentro de casa, sem um norte. Mas vez por outra me ocorre a possibilidade de adoção ou apadrinhamento de crianças.

9. O QUE SEU FILHO REPRESENTA PARA VOCÊ?
Não posso falar com propriedade porque não sou mãe. Mas a visão que tenho de um filho é que ele seja a continuação, o prolongamento da vida. É o laço mais forte de amor (ou não), de concepção e de maior intimidade entre um casal. 

É o maior elo que possa existir entre dois seres humanos. Para uma MÃE de verdade, um FILHO por mais que cresça, sempre precisará de sua PROTEÇÃO. Estar com a cabeça fervilhando, cheia de problemas e encontrar um ‘ser inocente’, com olhinhos brilhantes, te abrindo um sorriso e seus bracinhos, como uma forma de atenuar ou resolver seus problemas, não há dinheiro que pague. Vez por outra acontece isso comigo e meu sobrinho Gabriel de 2 anos e é uma sensação maravilhosa. Somos ‘ex’ em muitas coisas, mais com um filho não, um filho é um presente Divino e é pra sempre. 

TEXTO CONFORME DECLARAÇÕES DA ENTREVISTADA

FOTO CEDIDA PELA ENTREVISTADA

6 comentários:

Anônimo disse...

Wal quem te conhece sabe da importância que você dá a família, aos amigos e as pessoas importantes em tua vida. Obrigado por me permitir fazer parte deste círculo de amizades. Um grande beijo André Geymison

Pedro Cesar disse...

sensata esta jovem. parabens.

Anônimo disse...

Oi André! Saudades de você e de Grazi. Tenham um 2012 iluminado e ainda mais apaixonante. Vocês merecem as maravilhas que estão acontecendo em suas vidas. Bjs. Walkíria Araújo.

Anônimo disse...

Oi Pedro Cesar, tudo bem? Obrigada por ler minha entrevista e por me achar uma pessoa sensata. Um abraço! Walkíria Araújo.

Pedro Cesar disse...

suas palavras querida falam por si;
vc fala em maternidade e isso já é uma qualidade impar nesse mundo hostil a vida e a família.
permaneça assim. bom dia!

BETINHA DE YOYO E BEI disse...

PRIMA É UM PRAZER TE ENCONTRAR NA NET COM ESTE DEPOIMENTO TÃO VERDADEIRO E SANTO . QUE PRAZER TER TEU SANGUE NAS VEIAS SOMOS DA MESMA ÁRVORE GENEALÓGICA DE AMOR RESPEITO INTEGRIDADE FÉ EM DEUS E NOSSA SENHORA MÃE DE MARIA ETC BJOS TE AMO PRIMA