domingo, 22 de janeiro de 2012

WALKÍRIA ARAÚJO POR ELA MESMA - PARTE 5


18. QUE TIPO DE MÚSICA VOCÊ GOSTA?

Eu tive o privilégio de nascer numa época em que as músicas eram compostas com qualidade, poesia e emoção. Entre os compositores estão: Roberto e Erasmo Carlos, Peninha, José Augusto, Michael e Leonardo Sullivan, Paulo Massadas, Carlos Colla, Evaldo Gouveia, Jair Amorim, Adelino Moreira, Isolda, Nelson Gonçalves e Gonzaguinha.

Entre os cantores preferidos, destaco: Altemar Dutra, Agnaldo Timóteo, Belchior, Emílio Santiago, Fafá de Belém, Fábio Jr, Flávio José, Joanna, José Augusto, Júlio Iglessias, Legião Urbana, Leonardo Sullivan, Núbia Lafayette, Nelson Gonçalves, Roberto Carlos, Roupa Nova, Titãs e Simone.

Dos cantores mais recentes: Ana Carolina, Bruno e Marrone, Isabella Taviani, Jorge Vercilo, Laura Pausini, Luis Miguel, Lulu Santos, Pe. Fábio de Melo, Skank e Vander Lee. Para cada época da minha vida há músicas específicas e elas são muitas.

Esta nova geração de bandas baianas, bregas, tecnobregas e mulheres frutas cantando funk, além de serem uma poluição sonora e visual, o tamanho micro das roupas e as coreografias são horríveis. Elis Regina disse certa vez: “Vai chegar um tempo em que as mulheres vão cantar com a bunda”. Ela estava certa porque este tempo chegou.

19. VOCÊ GOSTA DE LER LIVROS?


Eu amo ler e minhas preferências são os de auto ajuda, psicologia e comportamento humano, romances, romances espíritas e biografias. O primeiro livro que ganhei foi A Escrava Isaura, depois ganhei vários e comprei outros tantos. As pessoas mais próximas sabem que eu amo dar e receber livros. 

Quando eu tinha uns 07 ou 08 anos houve uma promoção de um sabão em pó que na compra, não me lembro de quantos, o cliente ganhava um livro de romances desses Júlia, Sabrina, Bianca, etc. Esse tipo de leitura me transportava para o sentimento verdadeiro, o sofrimento e o ‘felizes para sempre’. Pois bem, minha mãe nunca comprou tanto sabão em pó na vida (risos); porque quando eu descobri esta promoção comecei a jogar o sabão em pó no lixo ou ia gastando aos poucos. Preciso dizer que quando ela descobriu, eu levei uma surra e fiquei de castigo? (risos)

Entre meus autores preferidos, estão: Paulo Coelho, Zíbia Gasparetto, Roberto Shinyashiki, Gabriel Gárcia Márquez, Nicholas Sparks e Kalil Gibran. Há outros, como: Rogério Caldas, Daniel Goleman, Dale Carnegie, Leonardo Boff, Augusto Cury, Mário Sergio Cortella e Dalai Lama. Atualmente estou lendo ‘O diário de Suzana para Nicolas’ (James Petterson, Ed. Arqueiro) e ‘Podemos dizer adeus mais de uma vez’ (David Servan-Schreiber, Ed. Objetiva).

20. QUE TIPO DE HOMEM PARA VOCÊ É O CORRETO?

Usarei a frase de Nádia, uma amiga: “Homem é um mal necessário. Por mais que eles aprontem, necessitamos deles”. Sou meio chata pra homens e não acho que existam os tipos certos ou os errados. Mas faz-se necessário um mínimo de química, uma coisa de pele, somados ao carinho, o respeito e a admiração mútua. 

Não gosto de gírias, tatuagens, palavrões, que ande sem camisa ou descalço pelas ruas, que fale alto ou seja narcisista, que fume, que beba e perca o controle e a noção (beber socialmente, tudo bem). E há os que param o carro num barzinho ou praça, ligam um som estridente e logo aglomeram pessoas em volta. Tem coisa mais cafona, inconveniente e ridícula?

Não serei hipócrita, a beleza ajuda a olhar, mas não é o mais importante. Gosto de homem cheiroso, que goste de futebol, que seja discreto, inteligente, bom filho, que se preocupe comigo e me agregue conhecimentos. 

Parece que estou em busca do homem perfeito, mas não, isto seria utopia e a realidade é bem diferente. Quero um homem e não sentir vergonha em estar com ele, que possa me orgulhar com seu exemplo e seus projetos de vida. Gosto de homens seguros e decididos, que saibam o que querem pra si e para o outro. Em geral, eu não tenho muita paciência com quem não sabe o que quer, é inseguro demais ou fala bobagens demais. Não é arrogância é paciência mesmo.

Com o passar dos anos aprendi que as palavras devem vir acompanhadas das ações. Se uma pessoa só fala e não faz nada de concreto em relação ao que ela mesma fala, que valor ou significado terá o que ela diz? Espero que entendam que as coisas que eu falei que não gosto em um homem não sejam confundidas como preconceito, pois não é. O que eu falei é simplesmente o que eu não quero pra mim e cada um tem o dever e o direito de escolher o que achar que é melhor para si.

Por fim, o que me faz amar um homem é: “Ter a convicção de que apesar de todos os seus defeitos e dos percalços de todo relacionamento eu ainda consiga olhá-lo com carinho, respeito e admiração e, mesmo assim amá-lo. Tendo a certeza de ter feito a escolha certa, durando o tempo exato para se tornar inesquecível!”

21. COMO VAI A EDUCAÇÃO DE HOJE?

Não apenas a educação, mas muitas coisas mudaram em todos os sentidos nos últimos anos. As pessoas tinham mais respeito por si e pelas outras. Lembro-me que quando criança os pais, as pessoas mais velhas e os professores eram tratados como pessoas muito acima da gente. Estar em um ônibus, na Igreja ou em qualquer outro lugar e não dar a vez ou o assento a um idoso ou professor, era castigo na certa. Os professores ensinavam com mais prazer e amor ao seu ofício (não que hoje isso não aconteça), mais muitos deles ensinam em duas, três, quatro instituições diferentes e se esgotam; rezam pra chegar o final de semana e descansar.

Eles não têm autoridade e autonomia que os da minha época tinham; nós não tínhamos medo deles, tínhamos respeito porque eles representavam nossos pais fora de casa. Hoje muitos filhos não respeitam nem seus pais, imaginem os professores ou outras pessoas? Eles estão mais qualificados e a maioria tem graduação ou pós, mas a qualidade em sala muitas vezes, deixa a desejar e acredito que alguns fatores contribuam para isso, por exemplo: Falta de qualidade de vida no ambiente de trabalho, falta de condições de equipamentos e aparelhagem alinhando aulas teóricas e práticas, benefícios e salários, cansaço mental e esgotamento físico e principalmente, o interesse dos alunos, entre outros fatores.

Comparando o ensino de hoje com o da minha época, acho que aprendíamos mais, porque a escola era lugar para estudar e não para interesses diversos. Vejo as meninas indo maquiadas, cabelos arrumados, celulares, bolsas e sapatos exagerados, adornos que mais parecem um desfile de moda e nas escolas em que o uniforme não é obrigatório, é a própria passarela do SPFW. E os meninos não ficam por baixo, cabelinho estilo cantor ou jogador de futebol, gírias, cada um se achando o mais sedutor que o outro, vivem na era dos jogos eletrônicos e do TER em relação ao SER. Onde muitas vezes a aparência conta mais que a essência, o que é lamentável!

Mas as grandes perguntas são: “Onde está o interesse pelos estudos? Qual o objetivo de sair de casa todos os dias para a escola? O que esperar de um futuro tão próximo?”. Não generalizo, mas muito da qualidade e do conteúdo deve partir dos interesses das partes, se uma delas não se esforça, o que a segunda parte pode fazer? Eu acho que não muita coisa!

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