Deus é tão perfeito em sua criação que depois da expulsão de
Eva e Adão do Paraíso, permitiu a morte; e quando ela vem é tão justa e
imparcial que não escolhe cor, classe social, credo, nada; ela simplesmente vem
e pronto. Se analisarmos direitinho, a partir do momento que respiramos pela
primeira vez, já começamos a morrer e a cada dia morremos mais um pouquinho.
Porém somos tão egoístas que, apesar de termos tal consciência, não nos
conformamos, nem a aceitamos. As duas grandes perdas que experimentei foram a
dos meus avós. Eles eram pedreiros e tiveram uma vida muito sacrificada, mais
com dignidade e um pouco de estupidez, souberam criar e educar seus filhos.
Não olho, de jeito nenhum, quem faz a passagem. Gosto de ter
a última lembrança de seu sorriso estampado no rosto não a lembrança de um ser
gélido, sem o sopro da vida, sem nada.
Em 1982 morreu meu Vovô Antônio: Quando éramos crianças meu pai nos levava todos os domingos para lhe dar a bênção e assistir aos programas Mário Fofoca e ao Fantástico. Depois de sua morte, esses programas perderam a graça porque eu já não o tinha e como não me deixaram vê-lo, sonhei com ele por meses e até hoje não consigo olhar quem faz a passagem. Vovô Antônio morreu de câncer e lembrava Nelson Gonçalves, ouvir Nelson é uma forma de tê-lo por perto.
Em 2010 morreu meu Vovô Sebastião: Logo depois da morte de
Vovô Antônio, Vovô Baixa comprou uma tv e minha mãe nos levava para assistirmos
ao Jornal Nacional e a novela Rosa Baiana. Também não o olhei, ainda dói e até
hoje não consegui chorar sua morte. A saudade que eu sinto dele é como se ele
estivesse viajando e que qualquer dia desses nos encontraremos e mataremos a
nossa saudade. Vovô gostava quando a gente chegava em sua casa porque dizia
que: “As crianças são a alma de uma casa e uma casa sem crianças não tem vida”.
23. CIGARROS E BEBIDAS O QUE VOCÊ PENSA A RESPEITO?
Tenho horror a cigarros! Convivi com meu pai por mais de 30
anos com esse bendito, até que em 2006 foi constatado um aneurisma cerebral
causado pelo fumo. Após 62 dias ‘hospedado’ na Restauração voltou pra casa e
sabe qual foi a primeira coisa que fez? Fumou! Quase morri! Porque eu
trabalhava durante o dia e a noite me ‘hospedava’ junto com ele. Como eu sentia
nojo de comer porque via muita coisa feia dentro da Restauração, perdi 12
quilos nesse período e não consigo mais comer carne vermelha.
Meus pais nos permitiam beber nas principais festas e só
sentei numa mesa de bar aos 19 anos. O problema da bebida é que muitos
extrapolam na dose e perdem o controle. Este é o grande mal, achar que está
tudo certo, quando na verdade está tudo errado. Nada contra quem gasta seu
‘rico dinheirinho’ fumando ou bebendo, cada um sabe de si (e quem tem dedo
podre não deve apontar os erros dos outros), mas ninguém me convence que eles
façam bem.
Acredito que: “Nem tudo é proibido, como nem tudo é
permitido. Apenas pondere entre o que é coerente e os excessos.”
Tomei dois grandes porres na vida: O primeiro quando eu
tinha 16 anos, foi numa sexta-feira Santa, bebi vinho com saudades e para
esquecer um namorado de escola. Ledo engano, fiquei ‘mole’ uns três dias e não
o esqueci. O segundo foi aos 21 anos quando prestei vestibular para Zootecnia
na UFRPE e prometi que se passasse não mais beberia. Tomei daqueles que você
rir e dorme (risos) e nunca mais bebi; até gosto do cheiro da cerveja mais não
sinto falta.
24. A INTERNET O QUE VOCÊ ACHA?
Sabendo dosá-la é um veículo de comunicação e informação
fantástico, porque amplia nosso leque de conhecimentos; mas deve-se ter cuidado
porque vicia e, como todos os vícios o cuidado deve ser redobrado. Com ela
podemos estudar, pesquisar, conhecer outras culturas, encontrar ou reencontrar
pessoas, ganhar dinheiro, enfim, ela nos oferece ‘n’ possibilidades.
Infelizmente há pessoas que a usam para o mal e o resultado é sempre
catastrófico.
Compartilho a teoria de que: “Não devemos deixar nossa mente
vazia, porque muitas vezes, sem termos total consciência ou controle, ela não
trabalha a nosso favor”.
Um comentário:
Wal lembro deste porre em comemoração ao nosso ingresso na UFRPE só que ao contrário de você eu consegui minha graduação quase fui rejubilada, mais conclui. Bons tempos aqueles né amiga que não voltam mais. Mônica Bjão
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