Do G1, em São Paulo
imagem: paraiba.com.br
Em breve, as viagens espaciais estarão bem mais
acessíveis para os turistas. A Virgin Galactic, uma empresa particular,
pretende começar a lançar suas naves ainda em 2012. Inicialmente, eles saem de
uma base mais humilde nos Estados Unidos; depois, passam para um espaçoporto
que está sendo construído no estado do Novo México.
O preço da viagem está em US$ 200 mil – cerca de R$
340 mil. Pode parecer caro, mas é apenas um centésimo do que o primeiro turista
espacial desembolsou há pouco mais de dez anos. Em 2001, o milionário americano
Dennis Tito pagou US$ 20 milhões à Rússia para passar uma semana no espaço –
com direito a visita à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em
inglês).
O voo oferecido pela Virgin é bem mais curto, dura
cerca de três horas e meia, mas também atrai os aficionados pelo espaço. A
lista de espera já tem mais de 430 nomes – e inclui brasileiros. Inicialmente,
os voos serão semanais, mas a tendência é que eles sejam cada vez mais
frequentes.
Cientistas, sonhadores e estudiosos
Há no País duas agências parceiras da Virgin Galactic que oferecem o roteiro, ambas na cidade de São Paulo. A GSP Travel confirma que já vendeu um pacote, enquanto a Teresa Perez não passa essa informação por política da empresa.
Há no País duas agências parceiras da Virgin Galactic que oferecem o roteiro, ambas na cidade de São Paulo. A GSP Travel confirma que já vendeu um pacote, enquanto a Teresa Perez não passa essa informação por política da empresa.
Para Ilan Wallaph, diretor-sócio da GSP, o
brasileiro é um cliente “muito desconfiado”, mas o filão vai crescer assim que
as viagens se tornarem rotineiras.
“Eu acredito que, a partir do primeiro voo, o
Brasil vai se tornar o mercado número um, mas antes disso as pessoas ficam
receosas”, afirmou.
Tomas Perez, presidente e cofundador da Teresa Perez,
concorda com esse ponto de vista.
“Os brasileiros têm um perfil mais conservador do
que os norte-americanos. A viagem especial pode ser um produto consolidado para
o turismo brasileiro, sim. No entanto, é preciso amadurecer a ideia de visitar
o espaço”, disse o empresário.
Segundo ele, o público-alvo desse filão são
“pessoas ligadas ao ramo de aviação, que viram o homem pisar na lua pela TV em
1969, cientistas, sonhadores e estudiosos”.
imagem: g1.globo.com
O voo
Os turistas viajaram a bordo da SpaceShipTwo, um planador semelhante aos ônibus espaciais que a Nasa aposentou em 2011. A nave tem capacidade para dois pilotos e seis passageiros.
Os turistas viajaram a bordo da SpaceShipTwo, um planador semelhante aos ônibus espaciais que a Nasa aposentou em 2011. A nave tem capacidade para dois pilotos e seis passageiros.
Quando for lançada, a nave atingirá uma velocidade
supersônica, e os passageiros sentirão forças até quatro vezes maiores do que a
gravidade. Em seguida, virá o momento mais aguardado: a gravidade
"zero".
Na verdade, a gravidade não chega a zero, porque a
nave ainda fica presa à Terra – é o chamado voo suborbital. Porém, para quem
está a bordo, a sensação é uma ilusão de que não há gravidade. Por todas essas
variações, o cliente deve passar por exames médicos antes do voo.
Essa permanência no espaço dura apenas quatro
minutos – a viagem, desde a decolagem até o pouso, leva três horas e meia. O
programa completo tem a duração de três dias.
“Você vê o planeta azul com o Universo preto ao
fundo, mas vê só uma parte do planeta”, disse Wallaph. “Você passa quatro
minutos vendo a Terra, mas o voo é eterno”, brincou.
“O valor da viagem vai além das três horas e meia
no espaço. O valor está na experiência de vida, na rotina de preparação até que
a viagem realmente se conclua, na experiência de ser uma das primeiras pessoas
a viajar para o espaço e de poder contar história para seus familiares e amigos
por toda a sua vida. Uma viagem como essa é um marco, é inesquecível por
gerações”, completou Perez.
Um comentário:
pagar 340 mil reais para passar tres hs no espaço epq n fic la de vez
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