Da Agência
Estado
imagem: sjtresidencia.com.br |
A
redução da mortalidade materna em 2011 pode ser uma das maiores dos últimos dez
anos, de acordo com informações apresentadas nesta quinta-feira (23) pelo
Ministério da Saúde.
Dados preliminares indicam que, no primeiro semestre do
ano passado, foram contabilizados 705 óbitos por causas obstétricas. Isso
representa 19% a menos do que o registrado no mesmo período de 2010, quando
foram notificadas 870 mortes.
Apesar da redução, os indicadores ainda estão longe da meta traçada para 2015,
dentro dos Objetivos do Milênio, que é de no máximo 35 mortes maternas por cada
100 mil nascidos vivos. Em 2010, essa relação era de 68. "Não desistimos.
Temos de intensificar as ações para redução, mas vamos trabalhar para
isso", afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
Não há como fazer previsão de qual é a relação de mortes por nascidos vivos no
primeiro semestre de 2011, de acordo com Ministério da Saúde. Isso porque eles
somente têm números fechados das mortes informadas e não dos nascimentos. A
maior redução dos índices foi registrada entre 1990 e 2000, quando a relação de
mortes por 100 mil nascidos vivos passou de 141 para 86. Na década seguinte a
redução foi menos acentuada.
Entre 2000 e 2010, mortes maternas por aborto passaram de 6,3 por 100 mil
nascidos vivos para 4,4 por 100 mil nascidos vivos - uma queda de 32%. Com essa
mudança, o aborto passou de 4ª para 5ª causa de mortalidade materna, atrás de
hipertensão, hemorragias, infecção puerperal e doenças do aparelho
respiratório.
O ministro atribui a mudança a uma melhora no atendimento para
mulheres vítimas de violência. Atualmente existem no País 557 serviços para
fazer esse atendimento - incluindo a oferta de pílulas do dia seguinte, para
evitar gravidez indesejada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário