Da
Agência Brasil
Pesquisa
divulgada hoje (13) pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM) demonstrou
que dos 5.563 prefeitos eleitos em 2008, 383 não estão mais no cargo. Destes,
210 foram cassados, 48 deles por supostas fraudes na campanha eleitoral. Em 56
municípios do país, a troca de prefeito ocorreu por morte do titular, sendo que
oito prefeitos foram assassinados ou se suicidaram.
As
cassações por infração à lei eleitoral representaram 22,8% dos casos de
afastamento dos prefeitos. Os casos mais comuns incluem a tentativa de compra
de voto, uso de materiais e serviços custeados pelo governo na campanha e
irregularidade na propaganda eleitoral.
Já
os atos de improbidade administrativa motivaram 36,6% das trocas. Além disso,
4,76% dos prefeitos deixaram seus cargos por causa de crime de
responsabilidade, 17,62% por infração político-administrativa e 2,86% por crime
comum.
Os
estados de Minas Gerais e do Piauí apresentam o maior número absoluto de
prefeitos cassados. Em cada um desses estados, 29 prefeitos perderam o mandato
após processo de cassação. Em segundo lugar vem o Paraná, onde 14 prefeitos
foram cassados. O Ceará, Rio Grande do Sul e Santa Catarina tiveram 12
prefeitos cassados em cada estado.
A
pesquisa foi feita a partir do cruzamento de dados do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), das federações regionais de municípios e da própria CNM, com o
objetivo de detectar onde houve mudança de prefeito desde 2009. Depois, os
pesquisadores entraram em contado com os municípios onde as mudanças ocorreram
para saber dos motivos que levaram às trocas.
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