Da Agência Brasil
imagem: ruralcentro.com.br |
A Amazônia perdeu pelo menos 33 quilômetros
quadrados (km²) de floresta em janeiro, segundo dados divulgados esta semana
pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), que faz um
monitoramento, paralelo ao do governo, do desmatamento da região.
O número pode
estar subestimado porque, no período, 88% da floresta estava encoberta por
nuvens, o que impede a visualização da área pelos satélites.
Apesar da cobertura variável de nuvens, a derrubada de vegetação acumulada
entre agosto de 2011 a janeiro de 2012 (primeiros seis meses do calendário
oficial de desmatamento), de 600 km², é 30% menor que a soma do período
anterior (agosto de 2010 a janeiro de 2011), o que pode indicar a manutenção da
tendência de queda do desmatamento na região.
Segundo o Imazon, o Pará liderou o desmatamento em janeiro, com 15 km² de novos
desmatamentos identificados. Em seguida, aparecem Rondônia, com 11km² de
derrubadas, Mato Grosso, com 4 km², Amazonas com 3 km² e o Acre, com 300 metros
quadrados de floresta derrubada no período.
Além do corte raso (desmatamento total de uma área), o monitoramento do Imazom
também registra a degradação florestal, que inclui florestas intensamente
exploradas pela atividade madeireira ou queimadas. Em janeiro, a degradação
avançou por 54 km², a maioria no Pará e em Mato Grosso.
O desmatamento no período foi responsável pela emissão de 3,2 milhões de
toneladas de CO² equivalente (dióxido de carbono, principal gás do efeito
estufa).
O monitoramento oficial do desmatamento na Amazônia é feito pelo Instituto
Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que ainda não divulgou os números de
janeiro. Nos meses da estação chuvosa na Amazônia, o instituto agrupa os
alertas em uma base bimestral ou trimestral, para melhorar a qualidade da
amostragem.
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