Do
NE10
Com
tranquilidade e eficiência, o Santa Cruz conseguiu sua sexta vitória
consecutiva no Campeonato Pernambucano Coca-Cola ao bater o Porto por 3x1 nessa
quarta-feira (28), no Luiz Lacerda, em Caruaru. O resultado garantiu o tricolor
matematicamente nas semifinais da competição, já que tem 12 pontos a mais que o
Petrolina (38x26) e restam apenas nove em disputa. No próximo domingo (1), os
corais recebem o Náutico, no Arruda.
O
time visitante começou o jogo usando o 3-5-2 como manda o figurino. Renatinho e
principalmente Diogo não se limitavam a jogar pelos lados do campo, também
aparecendo para ajudar na criação. A primeira jogada perigosa, por exemplo,
saiu após um falta sofrida por Diogo. Dênis Marques avançou para a área e
cruzou. Renatinho fechou no segundo pau e chutou para fora.
Como
o Porto mantinha apenas um jogador no setor ofensivo, até o zagueiro Vágner
encontrou espaço para avançar. O posicionamento dele era praticamente o de um
primeiro volante, à frente da dupla William Alves e André Oliveira. A boa
distirbuição dos corais em campo também ajudou o sistema defensivo. O Porto
ficou com menos espaço para criar. Tanto que o primeiro sinal de vida do Gavião
foi dado apenas aos 12 minutos e num chute de longe por intermédio de Joelson.
Apesar
de melhor disposto em campo, o Santa pecava na hora do passe final. Muito por
conta de Dênis Marques e Geílson caírem muito pelos lados. Ficava muita gente
de lado e pouca para aparecer no meio em condições finalizar.
Somente
a partir dos 20 minutos, o Porto parou de insistir no jogo em profundidade -
bola longa - e tentou trocar passes. Contribuiu muito a movimentação de
Jefferson Renan e a volta de Joelson para as tabelas. Numa delas, o camisa 11
apareceu como meia e serviu Aírton, que chutou forte, mas em cima de Tiago
Cardoso, aos 27. Um minuto depois, Baiano fez jogada individual e fez o goleiro
tricolor trabalhar novamente.
A
terceira chance seguida - e desperdiçada - foi a gota d'água para o Porto.
Joelson recebeu de Aírton aos 39. Jefferson Renan avançava completamente livre
pela direita mas o atacante resolveu chutar. E mandou por cima. O Santa repôs a
bola e rapidamente Geílson foi acionado. Ele entrou na árae e foi derrubado por
Romero. Como diria o técnico Muricy Ramalho: "A bola pune". Pênalti e
cartão amarelo para o goleiro caruaruense. Dênis Marques foi para a cobrança e
mandou forte, no canto direito.
Os
dois times voltaram para o segundo tempo sem alterações. Mas o Porto soube
explorar melhor a queda de rendimento do meio de campo do Santa Cruz. Luciano
Henrique, com menos mobilidade que no primeiro tempo, foi presa mais fácil para
a marcação. Como um problema leva a outro, o tricolor perdeu na transição
ofensiva e cedeu espaço para o adversário atacar. E aos oito minutos Fabinho
cruzou e Joelson foi puxado por Vágner. Carlos Costa mandou seguir.
O
Gavião tinha mais posse de bola e o técnico Zé Teodoro até demorou para
corrigir o problema. O fez aos 23 minutos com Natan no lugar de Luciano
Henrique. E como acontecera na rodada anterior, diante do Araripina, o prata da
casa deu novo fôlego ao tricolor.
Na
primeira participação, foi à linha de fundo e, ao ser derrubado, forçou cartão
amarelo para o volante Vágner Rosa. Na segunda, apareceu na meia-esquerda e fez
lançamento longo para Chicão. A entrada como elemento surpresa deu certo e o
volante dominou e chutou com categoria, de pé esquerdo. Repetiu-se o filme do
primeiro tempo: no melhor momento do Porto, o Santa jogou um balde de água
fria.
Um
pouco antes, o árbitro Carlos Costa deixou de marcar mais um pênalti. Flávio
Recife foi derrubado por Rodolfo Potiguar na frente do juiz, que mandou o jogo
seguir. A penalidade seguinte ele não deixou passar. Aos 30 minutos, Robertinho
recebeu no lado direito da área e foi derrubado por William Alves. O defensor levou
o amarelo - o terceiro, que o deixa fora do clássico contra o Náutico. Joelson
foi para a cobrança e Tiago Cardoso defendeu. No rebote, o atacante não vacilou
e diminuiu.
Porém,
quando o Tricolor do Agreste pensou em chegar ao empate, Renatinho, até então
apagado no segundo tempo, tirou um belo coelho da cartola. Com direito a drible
da vaca, o baixinho entrou na área agrestina e serviu Flávio Recife. Com o gol
vazio, ele só teve o trabalho de empurrar para as redes. Daí em diante foi só
administrar e esperar pelo apito final.
Ficha do jogo:
Porto: Romero; Baiano, Moisés, Onildo e
Aírton; Marquinhos Carioca (Robertinho), Rodolpho Potiguar, Vágner Rosa e
Jefferson Renan; Joelson e Fabinho (Emanuel Recife). Técnico: Adelmo Soares.
Santa Cruz: Tiago Cardoso; Willian, Vágner e
André Oliveira; Diogo, Sandro Manoel, Chicão, Luciano Henrique (Natan) e
Renatinho; Geílson (Flávio Recife) e Dênis Marques (Branquinho). Técnico: Zé
Teodoro.
Local: Luiz Lacerda, em Caruaru. Árbitro:
Carlos Costa. Assistentes: Pedro Wanderley e Roberto José. Gols: Dênis Marques,
aos 41 do primeiro tempo. Chicão, aos 26; Joelson, aos 32; e Flávio Recife, aos
39 do segundo. Cartões amarelos: Baiano, Romero, Vágner Rosa, Diogo, William
Alves, Natan, e Sandro Manoel.
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