Do GLOBOESPORTE.COM - Recife
O dia era para ser festivo: 7 de abril marcava os 111 anos de fundação do Náutico. Mas a comemoração acabou dando lugar à revolta, que tomou conta dos 6.605 alvirrubros presentes nos Aflitos, na noite deste sábado. O Timbu caiu por 2 a 1 diante do Serra Talhada, acumula seis jogos sem vencer e mergulha na crise. Stanley, aos nove, Jessuí, aos 36, ambos no primeiro tempo para o Serra; e Marlon, de pênalti, descontou para o Náutico, aos 27 da segunda etapa.
imagem: blogdofsilva.blogspot.com |
O dia era para ser festivo: 7 de abril marcava os 111 anos de fundação do Náutico. Mas a comemoração acabou dando lugar à revolta, que tomou conta dos 6.605 alvirrubros presentes nos Aflitos, na noite deste sábado. O Timbu caiu por 2 a 1 diante do Serra Talhada, acumula seis jogos sem vencer e mergulha na crise. Stanley, aos nove, Jessuí, aos 36, ambos no primeiro tempo para o Serra; e Marlon, de pênalti, descontou para o Náutico, aos 27 da segunda etapa.
Apesar da
derrota, o Náutico segue próximo da classificação às semifinais. Na última
rodada, no próximo domingo, o Alvirrubro visita o Central, em Caruaru. Já o
Serra Talhada, que se livrou do risco do rebaixamento, encerra sua participação
na primeira fase contra o Porto.
Primeiro tempo 'alaranjado'
Sem vencer
há cinco jogos, o Náutico partiu para cima do Serra Talhada. Aos três minutos,
Siloé arriscou de fora da área e quase colocou o Alvirrubro em vantagem. O
Timbu tocava bola com facilidade, envolvia o adversário e quando parecia ser
dono do jogo, levou um duro golpe: aos oito minutos, Kássio levantou na área,
Jessuí ajeitou de cabeça e o zagueiro Stanley, livre, só fez testar para o gol
de Gideão: Serra Talhada na frente, 1 a 0.
O gol
sofrido desestabilizou o Náutico, que passou a errar passes e ceder espaços à
equipe sertaneja. O segundo gol do Serra quase saiu aos 18, mas a defesa
alvirrubra afastou o perigo. Aos 24, Júnior Mineiro teve boa oportunidade, mas
Gideão apareceu bem para salvar.
Desorganizado,
o Náutico tentava na base da ligação direta chegar ao gol de Carlos. Silóe, o
mais lúcido alvirrubro, aparecia para as jogadas, mas não tinha com quem
trabalhar as jogadas. Insatisfeita com o fraco desempenho do time, a torcida do
Náutico cobrava reforços à direção gritando 'Ô! Ô! Ô! Queremos jogador!'.
O que os
alvirrubros, certamente, não queiram aconteceu: aos 36 minutos, Kássio cobrou
escanteio, Gideão saiu mal e Jessuí mandou pro gol: 2 a 0, Serra. Na
comemoração, o atacante sacou seu indefectível chuteira-fone. Centenas de
torcedores começaram a deixar os Aflitos após o segundo gol e seguiram em
direção do vestiário alvirrubro para protestar contra o time. Aos 41, se não
bastasse o placar adverso, Waldemar Lemos perdeu o volante Auremir, machucado e
colocou Tozo em seu lugar. E a primeira etapa terminou com 2 a 0 para o Serra.
Pouco muda e Serra vence
Na busca da
virada, Waldemar Lemos sacou o zagueiro Léo Araújo, que estava improvisado na
lateral-esquerda, e promoveu a entrada do atacante Philip, mas pouca coisa
mudou. Os donos da casa excerciam uma falsa pres~sao, facilemente contida pela
defesa sertaneja.
Kássio e
Júnior Mineiro respresentavam um perigo constante ao gol de Gideão, sempre
explorando os espaços oferecidos pela zaga Timbu.
Sem
criatividade no meio-campo, o Náutico não conseguia entrar na área do Serra
Talhada e só fazia em jogadas alçadas em cobranças de faltas ou escanteios. O
primeiro lance de perigo do segundo tempo só veio a acontecer aos 22 minutos e
mais uma vez em favor do Serra. Kássio cobrou falta fechado e a bola explodiu
no travessão de Gideão.
Aos 24, Léo
Santos, que fazia uma partida apagadíssima, deu lugar a Dorielton, no Náutico.
Mesmo sem
jogar bem, o Náutico encontrou o caminho do primeiro gol aos 27, quando Stanley
derrubou Marquinhos dentro da área: pênalti, que o zagueiro Marlon bateu bem
para diminuir: 2 a 1 - havia 462 minutos que o Náutico não marcava no
Pernambucano. O gol marcado não mudou o cenário da partida. Os alvirrubros
tinham mais posse de bola, mas não conseguiam evoluir à frente da meta de
Carlos. O técnico do Serra, Reginaldo Bagé, 'fechou' a equipe com as entradas
do volante Josias e do lateral Rogério nas vagas de Júnior Mineiro e Joãzinho
respectivamente. Aos 44, Janeilton deu lugar a Elton e o placar ficou em favor
da equipe sertaneja ao final do jogo. Festa de quem escapa da degola e agonia
de quem se 'atola' na crise.
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