Agência Brasil
A greve dos professores das universidades
federais já completou mais de 20 dias com adesão de profissionais de 51
instituições. Mas ainda não há previsão para o fim da paralisação, já que,
desde que a greve foi decretada, não houve nenhuma reunião de negociação entre
a categoria e o Ministério do Planejamento. Na terça-feira (5), o ministro da
Educação, Aloizio Mercadante, reuniu-se com o comando de greve e informou que
uma nova reunião será feita na próxima semana, mas o encontro ainda não foi
marcado, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes).
Após a Marcha Unificada dos
Servidores Públicos que reuniu diversas categorias em Brasília no início da
semana, membros dos sindicatos se encontram com o secretário executivo adjunto
do Ministério do Planejamento, Valter Silva. Mas, segundo Aloisio Porto, do
Comando de Greve do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino
Superior (Andes), não foi feita nenhuma
nova proposta. "O MEC chamou a gente para conversar, mas por causa da
pressão. Eles ainda não têm uma proposta concreta", disse o líder
sindical.
A principal reivindicação dos
docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o
governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e
a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas
não houve avanço na revisão da carreira. O Ministério da Educação considera a
greve precipitada, já que, na avaliação de Mercadante, há tempo suficiente de
reformular a carreira antes que seja fechado o Projeto de Lei Orçamentária para
2013, o que ocorrerá até 31 de agosto.
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