Na foto Graça Albuquerque que é Nutricionista. |
De seis em seis meses, uma 'nova'
onda de milagrosos emagrecedores ganham as lojas de produtos naturais, os
noticiários e, claro, a imaginação popular. Atualmente, a crista da onda tem o
óleo de coco e a chia como os grandes nomes, chegando a representar 10% do
faturamento das lojas especializadas. O consumo em excesso e a junção dos
produtos, no entanto, devem ser evitados, mas é justamente o que ocorre com
quem tem pressa por resultados incríveis e meteóricos sem esforços realmente
condizentes.
Óleo de coco. |
Os benefícios do uso moderado do
óleo de coco - produto vegetal rico em ácidos saturados - são quase um
consenso. Entre as recomendações, pacientes de hipotireoidismo, por ter um
efeito de aceleração do metabolismo que promove a queima sistemática de
gordura. Como também tem ácido láurico, mesma substância presente no leite
materno, acaba servindo para combater inflamações, bactérias e fungos. Tudo
funciona nos conformes, caso sejam ingeridas, no máximo, duas colheres de sopa
do produto. Para se ter uma ideia, duas colheres do produto corresponde a 102%
de toda a gordura saturada que deve ser consumida em uma dieta diária padrão,
de duas mil calorias.
A Chia pode ser encontrada em
lojas de produtos naturais.
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A chia - semente da herbácea sálvia
hispânica - é uma grande fonte de ômega 3, cultivada há séculos pelos astecas.
A febre da semente teve início há pouco mais de quatro meses, uma vez que além
da grande quantidade de fibra e cálcio que contém (cinco vezes superior ao
leite), gera uma sensação de saciedade depois de misturada à água e ingerida,
por formar um gel dentro do estômago. Mas o limite também é pouco: três
colheres de sopa por dia, já que cada uma tem cerca de 135 kcal.
Além disso, é preciso entender
que não há fórmula fácil, mas um planejamento eficiente. A chia deve ser
consumida em semente mesmo, não em farinhas, e o óleo de coco, in natura ou
esquentado e transformado em óleo a ser usado na cozinha, nunca em cápsulas.
Além disso, é preciso consumir bastante água. “Pelo menos oito copos diários”,
garante a especialista em nutrição Graça Albuquerque.
Em ambos os casos, mesmo com as
recomendações de amigos e do 'Dr. Google', o ideal é se informar com um médico.
A servidora pública, Andréa Rego, 47, se preocupa com a opinião de quem
acompanha sua saúde. "Faço uma dieta verde durante a semana e cedo a esses
testes, sim, quando todo mundo está falando de um produto. Mas sempre pergunto
ao médico se posso continuar para ter certeza", conta. Sobre as duas
atuais 'maravilhas', ela conta que a experiência é recente. "A chia, já
virei assídua há dois meses. O óleo de coco testei esse mês, mas confesso que
não consegui me acostumar com o sabor e vou deixar de lado".
De antemão, fique ciente:
misturar ambos os produtos pode não ser uma boa ideia. A nutricionista Nara
Porto afirma que essa é uma realidade recorrente, apesar de ainda não ser
maioria, mas que representa uma preocupação. "A pessoa pode combinar os
produtos, mas em horários diferentes do dia. Não há pesquisa que comprove os
efeitos de tomar os dois juntos. Mas é certo que se forma um bolo no intestino
que acaba não promovendo os efeitos de emagrecimento de nenhum deles",
alerta.
Diário de Pernambuco
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