quarta-feira, 13 de junho de 2012

Pernambuco e Alagoas enviam projeto conjunto e deverão ter aeroporto em Maragogi


Pernambuco e Alagoas parecem afinados no objetivo de construir um aeroporto na divisa entre os dois estados. Um projeto foi enviado à Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República (SAC/PR), na qual as unidades federativas garantem estarem dispostas a atuarem em conjunto. A última ação a respeito do projeto, inclusive, foi uma formalização, do governo pernambucano, do interesse comum. 

Segundo o presidente da Condepe/Fidem, Antônio Alexandre, um pleito feito em conjunto ganha uma força mais representativa. Para que o projeto prossiga, é preciso uma autorização da SAC/PR, que deve sair no segundo semestre deste ano. O investimento geral gira em torno de R$ 70 milhões a R$ 80 milhões.

Alexandre, que vem participando das reuniões voltadas para tal interesse, salientou que já existe a provável localização para o aeroporto. “O levantamento mostra que a melhor localização para a pista é em Maragogi, já quase na fronteira”, explicou. “Mas é importante lembrar que, para esse projeto seguir adiante, é preciso que ele entre no plano nacional integrado”, pontuou. Ele também se diz otimista com a possibilidade de aprovação. “O Brasil quer uma integração mais regional. E isso também se encaixa na ideia de interiorização do desenvolvimento, defendida pelo governador (Eduardo Campos)”.

Após a aprovação - caso ela seja concedida -, o próximo passo seria a criação de um plano diretor e a realização de estudos de viabilidade, tanto técnica quanto financeira. A possibilidade de um aeroporto conjunto também indicaria uma guinada nas relações entre os estados brasileiros. “Sairíamos de um federalismo competitivo e passaríamos para um federalismo cooperativo. Essa lógica atual, que é utilizada até na Guerra Fiscal, não é benéfica”, ponderou. No pensamento do presidente da Condepe/Fidem, as regiões Sul de Pernambuco e Norte de Alagoas têm muito a ganhar com um novo aeroporto. “Hoje em dia, o aeroporto não é um empreendimento único. Ele agrega um ‘mix’ de atividades, como o próprio comércio”, concluiu.
Da Folha de Pernambuco 

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