Do
Portal G1 PE
O
estado de Pernambuco apresenta, em média, 4 mil novos casos de tuberculose a
cada ano e 200 mortes, sendo o quarto estado brasileiro em número de novos
casos e o segundo na quantidade de mortes decorrentes da doença. A tuberculose,
junto à esquisostomosse, tracoma, doença de Chagas, hanseníase, filariose e
helmintíase são o foco do projeto Sanar, que visa doenças tropicais endêmicas
que atingem a população de baixa renda.
Em
entrevista no Bom Dia Pernambuco, a assessora técnica do Sanar, Vânia
Cavalcanti, explica que essas doenças são comuns em países em desenvolvimento,
não apenas no Brasil. "O programa visa enfrentar as doenças devido à
gravidade da situação da população, mas é importante que não apenas o estado
trabalhe. A participação dos municípios é essencial para combater essas
doenças", explica Vânia.
Combater
essas doenças, de forma geral, exige formação de profissionais e programas de
educação para a população, acredita Vânia. "São doenças que estão
localizadas em áreas que tem pouco saneamento e as pessoas são mais
desinformadas", detalha.
A
tuberculose é um caso à parte entre essas doenças, uma vez que atinge pessoas
de todas as classes e idades. "Você pode ser contaminado só de estar em um
ambiente fechado com alguém que tenha a doença. A prevenção é importante,
procurar um médico se começar a se sentir mal", avisa.
No
caso da esquissostomose, é preciso atenção redobrada para quem mora em zonas
endêmicas, ou seja, com grande número de casos. "Os sintomas, nas áreas
endêmicas, por vezes não aparecem. Inicialmente, a pessoa pode sentir coceira,
pode ter alguns sintomas de tosse, eventualmente febre, falta de apetite,
diarréia ou constipação, mas esses sintomas podem não acontecer em áreas que
são endêmicas. Depois de algum tempo, seis ou oito meses, é que a pessoa vai
começar a sentir sintomas", alerta a assessora técnica.
Para
identificar o verme causador, é preciso fazer um exame de fezes. "É o
único meio de constatar mesmo a doença antes de ela se instalar em um órgão que
possa causar problema. O tratamento é feito em qualquer posto de saúde, o
remédio está disponível em toda a rede pública e pode ser disponibilizado após
a constatação laboratorial", diz Vânia.
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