Não é possível se falar em Frevo,
sem se referir a Pernambuco, Vassourinhas e Felinho. Porque não há dúvida de
que o frevo nasceu entre Olinda e Recife, e é o único ritmo genuinamente
nacional.
Não existe frevo nem nada
parecido em lugar nenhum do mundo. Até a palavra frevo vem do verbo
"ferver", oriunda da pronúncia troncha, como "frevura",
referindo-se às atividades canavieiras, como nos engenhos de açúcar.
Diz que Vassourinhas, considerado
o Hino do Carnaval Pernambucano, foi composto por Matias da Rocha e Joana
Batista Ramos, para o Clube Carnavalesco Misto Vassourinhas, lá pelo início do
século passado, mil novecentos e alguma coisa. Porém, há quem tenha fuxicado
que viu Joana cantando os versos de Vassourinhas para Matias, já em 1889. Sei
não.
Felinho, Félix Lins de
Albuquerque (1895-1980), conhecido popularmente como O Homem dos 11
Instrumentos, nascido ali em Bonito, inventou 8 Variações para sax-alto, no
meio de Vassourinhas, em 1941. O frevo foi gravado, com a novidade, em junho de
1956, pela orquestra de Nelson Ferreira, para incendiar a Terra dos Altos
Coqueiros.
Infelizmente, já não se toca
Vassourinhas como antigamente. Tenho uma cópia da execução original, para dizer
que deram uma vassourada no Hino do Carnaval Pernambucano.
Fervoroso abraço!
Sosígenes Bittencourt
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