segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

MPPE recuperou R$ 34,343 milhões em créditos tributários em 2012



A atuação do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) contra a sonegação fiscal levou à recuperação de R$ 34,343 milhões em créditos tributários estaduais em 2012 e ao parcelamento junto à Secretaria da Fazenda (Sefaz) de outros R$ 5,6 milhões em dívidas. Esses valores chegaram aos cofres públicos depois que o MPPE notificou, processou ou articulou operações contra empresas sonegadoras.

Os dados constam em um relatório produzido pelo Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Combate à Sonegação Fiscal (Caop-Sonegação Fiscal), no qual lista todas as operações e ações judiciais contra sonegadores entre janeiro e dezembro do ano passado.

Em 2012, foram 65 denúncias de promotores de Justiça de vários municípios do Estado com valor geral de R$ 61,249 milhões sonegados. No relatório, o Caop, coordenado pelo procurador de Justiça José Lopes de Oliveira Filho, destaca a Operação Retalho, realizada em agosto, de combate à sonegação no polo de confecções do Agreste.

Comandada pelo Grupo de Apoio Permanente de Combate à Sonegação Fiscal (Gape), que congrega MPPE, Sefaz, Secretaria de Defesa Social e Procuradoria Geral do Estado, a ação redundou na prisão de seis pessoas e na apreensão de armas e computadores. Estima-se que o grupo desarticulado sonegou R$ 23 milhões.

Em 2013, o MPPE continuará o trabalho de aperto à sonegação. O Caop repassou às Promotorias de Justiça de vários municípios pernambucanos Comunicações Fiscais para Fins Penais ao Ministério Público (Cofimps) recebidas da Sefaz, indicando o total de débitos tributários (R$ 385,7 milhões) e quais os sonegadores por município, região e atividade econômica.

Na Região Metropolitana está a maior parcela desse débito fiscal, com R$ 145 milhões, seguido pelo Agreste, com R$ 37 milhões, e a Zona da Mata, com R$ 8 milhões.

Abaixo, segue um demonstrativo com os segmentos econômicos com  maior débito tributário por região:

1) Região Metropolitana: Telecomunicações (R$ 89 milhões) e Indústria (R$ 54 milhões);
2) Agreste: Tecidos (R$ 37 milhões)
3) Zona da Mata: Supermercados (R$ 8 milhões)
4) Sertão: Combustível (R$ 5 milhões)
5) São Francisco: Combustível (R$ 300 mil)

Confira os segmentos econômicos com maior índice de débito tributário por comarca:

1) Recife: Telecomunicações (R$ 89 milhões) e Indústria (R$ 39 milhões)
2) Cabo de Santo Agostinho: Varejo (R$ 20 milhões)
3) Paulista: Bebidas (R$ 19 milhões)
4) Toritama: Tecidos (R$ 17 milhões)
5) Jaboatão dos Guararapes: Atacado (R$ 14 milhões)
6) Caruaru: Tecidos (R$ 9 milhões)
7) Moreno: Indústria (R$ 7 milhões)
8) Ipojuca: Combustível (R$ 6 milhões)
9) Sertânia: Combustível (R$ 5 milhões)
10) Olinda: Indústria (R$ 5 milhões)
11) Santa Cruz do Capibaribe: Tecidos (R$ 4 milhões)
12) Taquaritinga do Norte: Tecidos (R$ 4 milhões)

Portal do MPPE

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