sexta-feira, 1 de março de 2013

Bandas preparam shows para celebrar o álbum de maior sucesso de Pink Floyd

A banda quando era completa. Foto: MI Records/Divulgação

Interpretar as 10 canções do álbum The dark side of the moon é um desafio para qualquer banda ou músico, principalmente para os que se propõem a covers do Pink Floyd. Até porque, na época das gravações, The dark side of the moon incorporou as mais avançadas técnicas de estúdio, inovando em termos tecnológicos com o uso de sintetizadores e sons diferenciados como o looping de moedas caindo, pessoas gargalhando e batidas do coração.

O vocalista e guitarrista da banda Pink Floyd Reunion (PFR), Marcelo Canaan, diz que para o músico o disco não traz mais dificuldades técnicas do que os demais do Pink, porém o grande desafio é replicar sua sonoridade única. “Eles utilizaram teclados e uma aparelhagem enorme, que é muito antiga e hoje praticamente não existe. 

Não é fácil reproduzir esse som nos tempos atuais, por isso fazemos um trabalho de pesquisa de áudio e de som muito grande para chegar nessa sonoridade. Parte dos equipamentos que usamos é importada da Inglaterra ou de colecionadores. A outra parte é de simuladores, computadores e aparelhos mais modernos”, revela Marcelo, que, junto com o PFR, tem show marcado para dia 16, no Stonehenge Rock Bar.

A mesma preocupação é esboçada pelo líder da Ummagumma The Brazilian Pink Floyd, Bruno Morais. O vocalista e guitarrista da banda – que tem como logomarca três primas, já que são de Três Pontas e prestam uma homenagem não só à terra natal como à capa do The dark side…–, costuma se inspirar na frase dita por Roger Waters quando estava produzindo o disco: “Não tem nada de plástico nisso. 

É tudo guiado pela emoção. Estamos sempre buscando evoluir, tanto na parte musical quanto no visual dos shows. A sonoridade, os timbres, os efeitos sempre foram e ainda são uma das minhas maiores preocupações. Procuro me aproximar ao máximo do original. O desafio está em apresentar a mesma emoção presente no disco”, frisa. O Ummaguma também faz show no dia 16, no Palácio das Artes.

Mágico de Oz Uma das várias lendas que envolvem o disco é sua relação com O mágico de Oz. Quando o álbum é tocado simultaneamente com o filme, de 1939, ocorrem sincronizações entre as duas produções. O som da caixa registradora no princípio da faixa Money aparece exatamente quando Dorothy (Judy Garland) pisa pela primeira vez na estrada dos tijolos amarelos; que é também o momento em que o filme passa de preto e branco para colorido. Há outras correspondências no disco. 

Os integrantes do Pink Floyd sempre afirmaram que tudo não passa de coincidência. “É como se o filme fosse um clipe ambientado exatamente para o disco. Este ano, aproveitando os 40 anos do álbum, vamos tocar o disco na íntegra em alguns shows e colocar um telão no palco exibindo O mágico de Oz”, revela Marcelo Canaan, vocalista e guitarrista da Pink Floyd Reunion.

Pernambuco.com

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