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Pernambuco.com
Pernambuco
perdeu 12.569 empregos com carteira assinada em março. Os números são do
Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE). A redução da atividade sucroalcooleira provocou o corte de
9.301 postos de trabalho na indústria de transformação. Na agropecuária, foram
eliminadas 3.239 ocupações como consequência da seca que castiga os municípios
do Sertão e do Agreste. Petrolina salvou a lavoura com o melhor desempenho no
mês e o saldo positivo de 403 vagas.
A
fruticultura irrigada e as obras de construção civil são responsáveis pelo
dinamismo do mercado de trabalho no município, localizado às margens do Rio São
Francisco. Raimunda Pereira, gerente da Gerência Regional de Trabalho e Emprego
em Petrolina, diz que as lavouras de manga e uva não foram atingidas pela seca
porque são permanentes e são irrigadas pelo São Francisco. “A fruticultura
movimenta outros setores, como serviços e o comércio.”
A
técnica do MTE destaca a efervescência da construção civil na região como
responsável pela criação de novos empregos com carteira. “Além da construção de
um novo shopping center, temos as obras dos conjuntos habitacionais e edifícios
residenciais no município”, enumera. Em relação ao desempenho negativo do
estado, Raimunda aponta a entressafra da cana-de-açúcar e os efeitos da seca
como fatores que influenciaram negativamente o emprego formal em Pernambuco.
Ela
tem razão. Entre fevereiro e março, os postos de trabalho encolherem 0,95%. Até
o Recife perdeu 463 empregos no mês. O desempenho trimestral foi desalentador,
com queda de 2% e a eliminação de 26.652 empregos formais. Em relação a março
de 2012, o resultado também foi negativo, com a redução de 8.156 vagas. Até a
Região Metropolitana do Recife foi afetada pela maré negativa, com a perda de
1.317 postos formais. O Caged retrata o saldo entre as contratações e as
demissões feitas pelas empresas durante o mês.
No
Brasil, o mercado formal de trabalho reagiu em março, com a criação de 112.450
postos de trabalho. No acumulado do ano são 306.068 novas ocupações formais. O
setor de serviços liderou, com saldo positivo de 61.349 vagas com carteira. A
indústria de transformação aparece em segundo lugar, com 25.790 empregos. A
construção civil continua aquecida e aparece em terceiro lugar, com 19.709
ocupações.
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