Estado refém dos médicos
Com a promessa cumprida de abrir
três hospitais na Região Metropolitana, temática que moveu a sua campanha em
2006 e que facilitou sua reeleição em 2010, o governador Eduardo Campos (PSB)
passou a liderar o ranking nacional, sendo o mais popular entre os oito
gestores de Estados mais importantes do País.
Poucos acreditaram nas suas
palavras em palanque. Se os hospitais estão funcionando dentro do padrão
exigido pela população, especialmente dos mais pobres, dependentes do SUS, isso
é outro problema.
De olho no Palácio do Planalto,
Eduardo contratou 350 novos médicos aprovados em recente concurso. O número é
suficiente para atender a grande demanda e resolver os gargalos do SUS no
Estado? Evidentemente que não.
Talvez nem duplicando, porque a
deficiência de médicos é estrutural e tem um componente cultural: poucos
profissionais se dispõem a fixar residência no Interior, alguns simplesmente
por comodismo, outros até por preconceito ou temendo correr riscos por falta de
aparelhagem e de estrutura.
O grande problema nos hospitais
públicos reside na falta de médicos. Quem mora no Interior, principalmente,
sente essa deficiência e teme recorrer a uma emergência a qualquer hora do dia,
porque a possibilidade de não encontrar um médico de plantão é altíssima, seja
nos hospitais municipais ou nos maiores, os chamados hospitais regionais.
O Governo anunciou, recentemente,
também, que os serviços do SAMU chegariam aos 186 municípios do Estado, mas de
nada adianta se não houver médicos que se dispunham a fazer um trabalho
sacerdotal pelo Interior, longe de práticas mercenárias.
Dupla jornada - Reproduzindo furo deste blog, o colunista Ilimar
Franco, de O Globo, deu, ontem, esta nota sobre a gravidez da mulher do
governador Eduardo Campos: “O candidato do PSB à Presidência, o governador
Eduardo Campos (PSB-PE), compatibilizará a campanha eleitoral de 2014 com a
atenção de um filho recém-nascido. Renata, sua mulher, está grávida do quinto
filho, que nascerá em fevereiro”.
No alvo errado - Depois de nomear mais dois ex-prefeitos para
reforçar seu meio de campo político – Yves Ribeiro, de Paulista, e Adelmo
Moura, de Itapetim – o governador Eduardo Campos está procurando um espaço para
o ex-prefeito de Arcoverde, Zeca Cavalcanti. Aliado do senador Armando Monteiro
Neto, Zeca já está em campanha para deputado federal.
Saiu na frente - Os deputados Sílvio Costa Filho (PTB) e Augusto
César (PTB) ficaram apenas no proselitismo, mas coube ao republicano Sebastião
Oliveira à iniciativa de se antecipar e apresentar projeto para transformar os
distritos Bom Nome e Carmo, no Alto Sertão, em municípios. Majoritário na
região, Sebastião se antecipou prevendo que o Senado seguirá a Câmara,
devolvendo às assembleias autonomia para criação de novos municípios.
Sal grosso - Quem tem circulado nos últimos dias pelos corredores
do Palácio do Planalto não se surpreende com o ambiente pesado: o mau humor da
presidente Dilma e dos seus ministros provocado pela pesquisa Datafolha, onde
despencou oito pontos na sua popularidade e sete pontos na intenção de voto.
Dilma não tem aturado também críticas à política econômica.
CURTAS
UPA PARADA– O prefeito Geraldo Júlio anunciou, ontem, mais duas
UPAS em Campina do Barreto, mas esqueceu de dar celeridade a UPA do Arruda, que
está parada há mais de oito meses, gerando insatisfação na comunidade. A
paralisação se deu na gestão de João da Costa, mas Geraldo não faz nenhum esforço
para retomar.
CONSPIRAÇÃO– Tão logo acertou, ontem, com o presidente estadual do
PSDB, Sérgio Guerra, sua passagem pelo São João de Caruaru, o pré-candidato
tucano ao Planalto, Aécio Neves, pediu para agendar uma conversa com o
governador Eduardo Campos. Para discutir uma estratégia em relação à sucessão
presidencial.
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