Brasília - Em sua primeira
seleção, o Programa Mais Médicos vai levar 1.753 médicos para 626 municípios.
De acordo com o Ministério da Saúde, 51,3% das vagas ocupadas estão em
municípios de maior vulnerabilidade social do interior e 48,6% nas periferias
de capitais e regiões metropolitanas, todas elas nas áreas prioritárias do
programa.
Os médicos com registro
brasileiro selecionados têm até o dia 3 às 16h para homologar a inscrição. Ao
todo, 2.379 médicos com diploma brasileiro fizeram a escolha dos municípios de
preferência para atuar pelo programa. Desses, 507 não foram alocados em suas
escolhas por indisponibilidade de vagas e poderão ajustar suas opções até
segunda-feira (5).
Os demais 119 que, descumprindo
as regras do edital, não apontaram as possibilidades de municípios para
trabalhar, poderão voltar a participar do segundo mês de inscrições, que começa
no próximo dia 15.
Dos 626 municípios selecionados
na primeira etapa, 375 estão em regiões com 20% ou mais de sua população em
situação de extrema pobreza, 159 em regiões metropolitanas, 68 estão em um
grupo de 100 cidades com mais de 80 mil habitantes de maior vulnerabilidade
social e 24 são capitais. Na distribuição dos profissionais foram atendidos
ainda 23 distritos sanitários indígenas (Dseis).
Os municípios da Região Nordeste
foram contemplados com o maior número de médicos, com um total de 619
profissionais direcionados a 300 cidades e um Dsei. Em segundo lugar, vem o
Sudeste, com 460 dos médicos para atender a 122 municípios. Em seguida vem a
Região Sul, com 244 médicos em 90 municípios. A Região Norte vai receber 250
médicos em 74 municípios e 17 Dseis; e Centro-Oeste, com 180 médicos em 40
municípios e cinco Dseis.
As vagas estão distribuídas entre
Bahia (161), Minas Gerais (159), São Paulo (141), Ceará (138), Goiás (117), Rio
Grande do Sul (107) e Amazonas (73)
A partir de terça-feira (6) até
dia 8, os médicos que se formaram no exterior e finalizaram o cadastro no
programa poderão selecionar os municípios com vagas não ocupadas por
brasileiros.
No fim da tarde de hoje, o
presidente da Associação Brasileira de Municípios, Eduardo Tadeu Pereira,
esteve em reunião com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Ele pediu que o
governo agilizasse acordo com outros países, como Espanha, Portugal, Cuba,
Argentina e Uruguai, para a vinda de médicos estrangeiros para o Brasil.
"Com chamadas individuais o problema não vai ser resolvido",
defendeu. Pereira avaliou que o Programa
Mais Médicos é emergencial e deve suprir a ausência de profissionais, mas que a
medida necessária é a formação de mais médicos no Brasil.
Agência Brasil
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