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A forte repercussão das mortes
provocadas por choque elétrico em vias públicas na Região Metropolitana do
Recife acendeu o sinal de alerta junto à população quanto aos riscos e cuidados
básicos com a rede de energia elétrica. Com a chegada do carnaval, o folião
precisa de mais atenção porque até mesmo serpentinas e hastes de metal em
fantasias podem provocar acidentes com morte. Por isso, a Companhia Energética
de Pernambuco (Celpe) divulgou ontem dicas de segurança, além de reforço de 250
equipes de plantão só para o período.
Um dos principais cuidados que se
deve ter é com o lançamento de serpentinas metálicas. Em 2011, 16 pessoas
morreram e 19 ficaram feridas numa prévia carnavalesca em Minas Gerais, após o
artefato provocar curto-circuito e derrubar cabos de alta tensão. Mas não são
só as serpentinas que podem danificar a rede elétrica, alertou o
superintendente de Operações da Celpe, Saulo Cabral. “Os materiais que, ao
girar, provocam a explosão de confetes também recomendam cuidado para não
atingir a fiação”, disse. Fantasias com hastes de metal, ainda muito comuns, devem
ser evitadas, já que o material é condutor de eletricidade.
No último domingo, técnicos da
Celpe, representantes da Secretaria de Defesa Social e da direção do Galo da
Madrugada realizaram vistorias ao longo do percurso do clube. Cabral informou
que a fiação está a seis metros e meio de distância do solo, um metro acima do
padrão nacional. “Outra ação realizada nos últimos meses foi a substituição dos
6,1km de fios descobertos por cabos isolados nesse percurso”, pontuou.
Ao longo desta semana, técnicos
irão fazer visitas aos comerciantes e moradores do Centro do Recife para
relembrar os cuidados com a rede elétrica, entre elas a de não subir em postes
ou marquises. O Bairro do Recife passou por inspeção preventiva e 60
espaçadores foram instalados na Avenida Rio Branco, diminuindo os riscos de
queda da fiação. Houve ainda 3 mil podas de árvores.
Em Olinda, além dos 250 km de
fiação, as caixas subterrâneas passaram por análise dos técnicos da Celpe. No
último dia 9, a consultora de viagens Cynthia Araújo, 28 anos, disse que sofreu
um choque elétrico ao pisar numa das caixas, na Rua do Sol. Ela teve
queimaduras de terceiro grau.
O investimento em ações
preventivas e esquema de plantão não é à toa. Segundo a Agência de Regulação de
Pernambuco, 113 mortes por choques em vias públicas foram registradas desde
2008. Com base nesse levantamento, o Ministério Público entrou com uma ação na
Justiça para que a companhia pague multa de R$ 5 milhões por danos morais e
coletivos. O último óbito aconteceu no dia 11. Diogo José da Silva, 10, tocou
no fio-terra que estava conectado a um contador de energia, em Jaboatão dos
Guararapes.
Diario de Pernambuco
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