Inicialmente, a Fan Fest da Fifa
no Recife foi avaliada em R$ 20 milhões.
O valor do investimento assustou
o prefeito Geraldo Júlio, cuja gestão começou em 2013, por mais que o acordo
local com a Fifa vigorasse desde 30 de maio de 2009. De acordo com o o
secretário de Esportes e Copa do Mundo da capital, George Braga, o prazo está
correto, mas a entidade teria colocado a Fan Fest como obrigação de uma subsede
num documento simples. Depois, num detalhamento maior, o caderno de encargos
saltou para 90 folhas.
Como se sabe, a Prefeitura do
Recife já anunciou que não pretende bancar os custos do projeto no Recife
Antigo – tendo como resposta, ameaça de processo por parte da Fifa. Após
algumas negociações e mudanças na concepção original, a despesa caiu para R$ 11
milhões. Não adiantou.
Agora, após três meses de idas e
vindas de gestores recifenses e diretores da Fifa, foram firmados (e
recalculados) três modelos definitivos: completo, médio e básico. Este último,
o mais barato, claro, sairia por R$ 6 milhões. Nada muito diferente do Rio de
Janeiro, Porto Alegre, Curitiba e Cuiabá.
Martelo batido? Ainda não.
Geraldo Júlio mantém a posição de não injetar dinheiro público. O básico só
sairá dos croquis se a verba for 100% privado.
A grande diferença é que a Fifa
autorizou a prefeitura a buscar novos patrocinadores, à parte dos oficiais
(Coca-Cola, Ambev, Itaú, OI, Hyundai/KIA, Sony, Jonhson & Jonhson). Como as
empresas ainda não se propuseram a assumir a conta, o Recife pode prospectar
outras marcas. Só há uma ressalva: os produtos não podem chocar com os listados.
Ou seja, sem refrigerantes, bancos, automóveis, equipamentos eletrônicos e
produtos para saúde.
Nesse novo cenário, portanto, é
possível acertar as pontas para uma Fan Fest no Recife, a menos de 70 dias da
Copa do Mundo? A articulação continua.
Diario de Pernambuco
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