Artista tinha 75 anos e estava em
casa, em Cotia, na Grande SP
O cantor Jair Rodrigues morreu
nesta quinta-feira (8). Ele tinha 75 anos e estava em sua casa em Cotia, na
Grande São Paulo.
A causa da morte ainda não foi
divulgada. Em nota divulgada pela assessoria do cantor na manhã desta quinta, a
família aguarda a chegada da perícia. Em conversa com o iG, uma produtora que
trabalhava com Jair disse: "Por enquanto não temos nada concreto. Estamos
correndo atrás das coisas agora".
"Tinha carisma, era um
grande cantor de samba além de MPB e até música sertaneja. Tinha uma energia
fora do comum. Demorou alguns anos para perceber que isso era algo natural
dele. E tinha um amor ao ofício, fazia de 12 a 18 shows por mês. Me dizia: 'Não
posso parar de cantar. É o meu amor, minha vida'", afirmou o produtor João
Marcelo Bôscoli.
Nascido em Igarapava (SP) em 6 de
fevereiro de 1939, Jair Rodrigues de Oliveira era um dos mais populares
cantores brasileiros. No início da carreira, nos anos 1950, participou de
programas de rário no interior de São Paulo e em shows de calouros.
Gravou o primeiro disco em 1962,
com duas músicas que faziam referência à Copa do Mundo daquele ano:
"Brasil Sensacional" e "Marechal da Vitória". Os primeiros
LPs foram "Vou de Samba com Você" e "O Samba Como Ele É",
de 1964, época em que tornou-se famoso com a faixa "Deixa Isso Pra
Lá" (Alberto Paz e Edson Meneses), canção que é considerada uma precursora
do rap brasileiro.
Em 1965, cantou pela primeira vez
com Elis Regina, com quem lançou o LP "Dois na Bossa". em seguida, a
dupla comandou o programa "O Fino da Bossa", na TV Record.
Em 1966, Jair Rodrigues
participou do festival da Record com a canção "Disparada", de Geraldo
Vandré e Théo de Barros. A música terminou como vencedora do evento, ao lado de
"A Banda", interpretada por Nara Leão.
Já em 1971, o cantor lançou
"Festa para um Rei Negro", que trazia o samba-enredo homônimo feito
para o Salgueiro. A intrepretação é um dos grandes sucessos de Jair, com o
refrão: "Ô lê lê, ô lá lá/ pega no ganzê/ pega no ganzá".
Nos anos 1970, lançou os discos
"Com a Corda Toda" (1972), "Orgulho de um Sambista" (1973),
"Abra um Sorriso Novamente" (1974), "Ao Vivo no Olympia de
Paris" (1975), "Eu Sou o Samba" (1975), "Minha Hora e
Vez" (1976), "Estou com o Samba e Não Abro" (1977), "Pisei
Chão" (1978), "Antologia da Seresta" (1979) e "Couro
Comendo" (1979).
Nos anos 1980, vieram "Estou
Lhe Devendo um Sorriso" (1980), "Antologia da Seresta nº 2"
(1981), "Alegria de um Povo" (1981), "Jair Rodrigues de
Oliveira" (1982), "Carinhoso" (1983), "Luzes do
Prazer" (1984), "Jair Rodrigues" (1985) e "Jair
Rodrigues" (1988).
Em 2005, lançou o CD "Alma
Negra", que trazia a participação da filha Luciana Mello (o cantor
Jairzinho também é seu filho).
Em 2006, foi lançado o DVD
"Jair Rodrigues - Programa Ensaio - 1991", no qual dá depoimento e
canta alguns de seus sucessos. Entre as interpretações conhecidas de por Jair
Rodrigues estão "O Menino da Porteira", "Boi da Cara Preta"
e "Majestade o Sabiá".
Portal iG
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