Da Folha de Pernambuco
Ingressar em um curso do ensino superior na Universidade Federal de Pernambuco é o sonho da maioria dos estudantes que almejam fazer uma faculdade. Passar no Vestibular é a garantia de realizar esse desejo. Ou pelo menos, deveria ser. “Me deram tudo o que eu sempre quis e depois tiraram”. O desabafo veio de um dos cerca de 50 estudantes que, acompanhados de pais e até advogados, foram à sede da Comissão do Vestibular da Universidade Federal de Pernambuco (Covest), no Derby, na manhã de ontem.
Tristeza e revolta se misturavam. “Isso é humilhante!”, disse chorando uma jovem aprovada em Ciências Biológicas. “Estou vivendo o maior trauma da minha vida!”, sentenciou outra estudante, que ostentava um band-aid colorido na sobrancelha raspada pela aprovação no curso de Direito.
A confusão atingiu os estudantes vindos da rede particular de ensino e começou durante a matrícula dos novos alunos. Eles foram informados de que, ao contrário do divulgado no listão da universidade no último dia 21 de janeiro, não tinham obtido nota suficiente para serem aprovados no Vestibular 2011 da UFPE. “Calcularam as notas de alunos da rede privada como se tivéssemos solicitado o incentivo dado a alunos de escolas públicas”, explicou um estudante aprovado em Medicina.
O presidente da Comissão de Vestibular, Armando Cavalcanti, nega falha no sistema, a que chamou de “seguro e consolidado”, informando que o cumprimento de uma liminar expedida pela Justiça Federal poucos dias antes da prova pode ter confundido os “feras” e induzido eles ao erro.
A determinação era de que alunos da rede pública de outros estados tivessem o mesmo benefício dos estudantes de escolas públicas do Estado. “Por isso, permitimos a atualização dos dados da inscrição no site até minutos antes da prova em 5 de dezembro. Isso pode ter confundido os alunos”, justificou Cavalcanti, dizendo ainda que essa modificação só poderia ser realizada usando a senha e informações pessoais do candidato.
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