domingo, 27 de março de 2011

Atrás do prejuízo da BR-232


Jornal do Commercio

Vem aí uma nova pendenga do governo Eduardo Campos em relação à BR-232. Ou melhor, vem aí um projeto do governo do Estado no sentido de restaurar a rodovia duplicada no governo Jarbas Vasconcelos e a seguir cobrar na Justiça o valor pago dos consórcios que a construíram, cujas empresas integrantes são ainda hoje grandes prestadores de serviços da atual gestão.

Pouca gente sabe, mas, oficialmente – ou melhor, legalmente –, a duplicação da BR-232 não foi entregue ao cliente governo de Pernambuco. Hoje, existe uma ação na Justiça na qual o Estado questiona uma série de pontos do contrato relativos à qualidade da obra. Enquanto isso, a BR-232 agoniza. Sem qualquer tipo de manutenção durante o governo Eduardo Campos, ela sofre de um processo precoce de envelhecimento e deterioração. E, segundo estimativas do DER, exigirão um programa de restauração completo, estimado inicialmente de R$ 90 milhões. Não seriam apenas obras de correção da obra inicial, seriam necessários obras estruturais, inclusive, ampliação de trechos como, por exemplo, na saída do Recife, no bairro do Curado.
 
O governo do Estado ainda não fala abertamente sobre essa licitação. Mas o secretário de Transportes, Isaltino Nascimento, admite que o governo quer receber a estrada como prometida para poder repassá-la ao DNIT – que é o dono da estrada. Até porque o DNIT já avisou que do jeito que a duplicação foi feita não a recebe. Foi isso que motivou a pendenga na Justiça por parte do governo do Estado, que foi o contratante por delegação do DNIT.

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