Foto: Aluisio Moreira/SEI |
Agora só falta a Mata Norte e a Região Metropolitana do Recife. Nesta terça-feira (12/04), o Todos por Pernambuco chegou à Zona da Mata Sul, dando voz aos 24 municípios da região. Participaram desta rodada de debates 1.214 pessoas de 291 entidades.
Além de ouvir a população durante quatro horas, o governador Eduardo Campos assinou ainda os decretos de desapropriação de 2.880 hectares para a construção de quatro barragens. As obras são fundamentais para evitar enchentes e, sobretudo, tragédias como as vividas em junho do ano passado quando a chuva destruiu cidades e famílias.
Para exaltar a importância da construção das represas, Eduardo lembrou o caso do município de Correntes, no Agreste Meridional, que teve sua barragem pronta pouco antes das chuvas. “Graças a Deus deu tempo de fazer a barragem, porque se não estivesse pronta, a cidade tinha se acabado, tinha morrido muitas pessoas”, lembrou.
As quatro barragens que tiveram seus terrenos liberados hoje ficam à beira do Rio Una e dos seus afluentes. A maior delas, a de Serro Azul, terá 1.693 hectares divididos entre os municípios de Palmares, Catende e Bonito. As obras de construção civil devem ser iniciadas no final deste ano. Ela terá capacidade de acumular até 104 milhões de metros cúbicos de água.
A Barragem Panelas II terá 324 hectares e ficará em Cupira. Por fim, o município de São Benedito do Sul vai sediar a Barragem Igarapeba, com 623 hectares. Já a cidade de Lagoa dos Gatos vai receber a Barragem dos Gatos, com 241 hectares. As capacidades delas são, respectivamente, 17, 6.3 e 42.5 milhões de metros cúbicos.
Ao todo, são nove barragens, que formam o Programa de Contenção de Cheias da Mata Sul, que prevê R$ 860 milhões em investimentos. As outras cinco são: Barra de Guabiraba (município homônimo, Rio Sirinhaém), Inhumas II (Rio Mundaú), Engenho Maranhão (Rio Ipojuca, Jaboatão), Engenho Pedreiras (em Moreno) e a Barragem da Nação (Bonito).
A bióloga Viviane Lima, que representou a sala temática de desenvolvimento e sustentabilidade durante a plenária principal, ressaltou o papel das barragens. “A questão dos ribeirinhos é antiga, as pessoas são deslocadas quando vem as chuvas, depois voltam e o problema continua”, comentou a bióloga.
O governador explicou que, apesar das dificuldades de se encontrar áreas distantes dos rios, não tem medido esforços para mudar a cara da região. “Estamos com 8.500 casas sendo construídas. A área que pode ter licenciamento ambiental nos exige um investimento em terraplanagem que já ultrapassa os R$ 300 milhões. Em julho vamos entregar o primeiro lote de casas”, disse.
Outra demanda da região é a reforma da PE-45, que liga Vitória à Escada. “Essa via faz parte de um futuro lote de Ordens de Serviço que vamos dar este ano. É um eixo importante de integração, estratégico e será, com certeza, recomposta”, observou Eduardo.
Nesta quarta-feira (13/04), será a vez da Mata Norte pernambucana. Quem vai abrigar os seminários do Todos por Pernambuco na região é o município de Goiana, e o evento vai acontecer na Escola Técnica Estadual localizada na Rodovia PE-32.
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